Quando a IA canta: artistas digitais dominam as paradas musicais

(Foto: IA )
O avanço da inteligência artificial (IA) já está transformando setores como saúde, finanças e transporte. Mas a música? O artista Breaking Rust, com voz, imagem e produção totalmente geradas por IA, alcançou o topo da Billboard Country Digital Song Sales nos Estados Unidos com a faixa Walk My Walk. Um feito inédito que mostra como a IA pode assumir um papel protagonista na indústria musical.
Estudo da Music Technology Group da Universitat Pompeu Fabra afirma que a IA “pode democratizar a produção musical”, permitindo que artistas independentes criem músicas de qualidade profissional por meio de ferramentas acessíveis.
Breaking Rust
Surgiu em 2025 com visual de cowboy digital e músicas que misturam tradição country com produção de ponta. Com mais de 3,6 milhões de streams no Spotify e 2 milhões de ouvintes mensais, o projeto não revela o criador, creditado como Aubierre Rivaldo Taylor, ligado ao projeto Def Beats AI. Sem shows ou entrevistas, apenas avatar e música, o caso marca a primeira vez que uma música gerada por IA domina uma parada country nos EUA.

Credit : Breaking Rust/YouTube
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No Brasil, o movimento também cresce. A cantora virtual Tocanna, criada em 2024 pelo designer Gustavo Sali, mistura referências de artistas nacionais e internacionais em músicas que viralizam nas redes sociais. O hit São Paulo acumula mais de 180 mil ouvintes mensais no Spotify e milhões de views no TikTok e Instagram, mostrando que a produção musical digital já tem espaço no país.

Especialistas afirmam que a IA não substitui a emoção ou a técnica do artista humano, mas amplia possibilidades e democratiza a produção musical, tornando-a acessível a qualquer pessoa que queira criar sem precisar de estúdio caro ou grande equipe.






