O grande debate entre os vereadores na Câmara Municipal de Manaus hoje, dia 2, foi o mais recente decreto de redução de IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) editado pelo Governo Federal. O decreto, publicado na última sexta, 29, ataca o polo de concentrados de refrigerantes do estado e tem despertado reações da classe política amazonense.
O vereador Lissandro Breval (Avante) foi o primeiro a levantar a questão, afirmando:
“É mais um ataque à nossa Zona Franca. Nossa insegurança jurídica já é muito grande. Com certeza, projetos vão deixar de vir para Manaus por causa disso, e nos perguntamos ‘por que?’. Precisamos mobilizar a sociedade e a classe política”.
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Já o vereador Rodrigo Guedes (Republicanos) disse:
“É impressionante como muita gente não quer defender o nosso povo. É surreal ver pessoas aqui da região, que dizem querer representar o povo, não defendendo a população daqui. É ela quem sofrerá as consequências econômicas desses decretos catastróficos para a nossa cidade e nosso estado. Com tanta insegurança, qualquer empresário hesita em colocar um centavo aqui. Quantas indústrias já deixaram de vir pra cá por causa dessa instabilidade econômica, dessa insegurança jurídica? Esse é o principal efeito desses decretos. Aqui é o único estado no qual vemos pessoas desse estado não o defendendo, tanto da classe política quanto dos cidadãos. Aqui vemos pessoas que, para defender políticos, ficam contra elas próprias”.
Já o vereador Sassá da Construção Civil (PT) afirmou:
“O polo de concentrados gera muitos empregos para o estado. O presidente [Jair Bolsonaro] é um ser humano sem palavra. A ZFM foi salva pelo partido Solidariedade e pelo ministro Alexandre de Moraes. A política é feita por quem defende o seu município, o seu estado. Mas tem gente aqui que é fanático. Eu convidei o Coronel Menezes para ir comigo à porta da Moto Honda semana passada, por que ele não vai? Porque sabe que lá vai ser vaiado. Vejo aqui uma turma do governo que são puxa-sacos que não têm tamanho”.