Uma audiência pública realizada nesta quinta-feira (29/5), na Câmara Municipal de São Paulo, terminou em confusão e registro policial após um confronto físico entre o vereador Lucas Pavanato (PL) e o presidente do Sindimoto-SP, Gilberto Almeida dos Santos, conhecido como “Gil”.
O embate ocorreu durante debate sobre a regulamentação do serviço de motos por aplicativo na capital paulista. A tensão aumentou quando Pavanato, ao discursar, chamou o sindicalista de “pelego”, termo usado para desqualificar representantes de trabalhadores. Gil reagiu imediatamente, retornou à tribuna e agarrou o vereador pelo colarinho, dando início a um tumulto generalizado. Seguranças da Câmara intervieram para separar os envolvidos.
Vereador de SP troca agressões com presidente de síndicato na Câmara pic.twitter.com/WiMzHCZILn
— Rede Onda Digital (@redeondadigital) May 29, 2025
Após o episódio, ambos se dirigiram ao 1º Distrito Policial (DP) da Liberdade, onde Gil registrou queixa contra o vereador por difamação, calúnia e agressão física, segundo informou o sindicato por meio de nota.
A audiência já havia registrado momentos de tensão antes da briga. A vereadora Renata Falzoni (PSB), que presidia a sessão, chegou a ameaçar retirar motociclistas do plenário por vaias e interrupções durante a fala do presidente do Sindimoto.
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Outro momento controverso veio da vereadora Keit Lima (PSOL), que chamou o prefeito Ricardo Nunes (MDB) de “prefeitinho” ao criticá-lo por se opor à regulamentação da categoria. Diante das reações no plenário, ela pediu respeito ao seu pronunciamento.
Enquanto isso, do lado de fora do prédio, motociclistas protestavam em defesa da regulamentação do serviço.
Também nesta quinta-feira, PT e PSOL apresentaram um novo projeto de lei sobre o tema, o terceiro em tramitação na Câmara. De autoria da vereadora Luna Zarattini (PT), a proposta busca criar regras para serviços de entrega e transporte por aplicativo, incluindo motos.
O vereador Nabil Bonduki (PT) explicou que o novo projeto busca equilíbrio entre direitos e segurança. Segundo ele, a proposta de Pavanato e Kenji Ito (Podemos) seria permissiva demais, enquanto a do vereador Marcelo Messias (MDB) estabelece metas de segurança tão rígidas que tornariam a atividade inviável.