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Glória Carrate ganha pela segunda vez mandato perdido nas urnas

Em 2013 Glória Carrate ganhou na Justiça Eleitoral processo que cassou o mandato do então vereador Ronaldo Tabosa
15/10/25 às 22:26h
Glória Carrate ganha pela segunda vez mandato perdido nas urnas

Foto: Divulgação/CMM

cassação do vereador Elan Alencar e o cancelamento de todos os votos do partido Democracia Cristã, por fraude na cota de gênero, na eleição de 2024, trará de volta à Casa Legislativa a empresária Glória Carrate, que pela segunda vez ganha um processo na Justiça Eleitoral e reverte o resultado negativo obtido nas urnas.

A primeira vez que Glória Carrate ganhou no “Tapetão” aconteceu em 2013, logo no início daquela legislatura. Na eleição de 2012, ela estava no PSD e recebeu 6.400 mil votos, exatamente oito a menos que o empresário Ronaldo Tabosa, então no PP, que foi considerado eleito e assumiu em 1º de janeiro de 2013.

À época, Carrate ficou com a primeira suplência do bloco partidário e recorreu à Justiça Eleitoral, alegando que Ronaldo Tabosa estava inelegível no momento do pedido de registro de candidatura, com os direitos políticos cassados por oito anos em razão de uma condenação em primeira instância.

O TRE na época deu ganho de causa para Glória Carrate, que reassumiu o posto e cumpriu o quinto mandato consecutivo. Se conquistar resultado positivo neste novo processo, ela se tornará a mulher amazonense com o maior número de mandatos populares: sete.

A decisão de cassar o mandato de Elan Alencar é do juiz eleitoral Rafael Rodrigo da Silva Raposo, da 62ª Zona Eleitoral de Manaus. O vereador já anunciou que vai recorrer ao pleno do TRE-AM, que em média tem julgado casos semelhantes em até três meses. Assim, se confirmada a cassação, Glória reassumiria apenas no início do próximo ano.


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Tabosas: história de cassações e trapalhadas

A cassação do empresário Ronaldo Tabosa em 2013 teve desdobramentos posteriores e dá mostras de uma carreira política singular do empresário e do filho dele, Jander, que tal qual o pai, também teve um mandato cassado.

Filiado ao PP ele tentou voltar a Câmara Municipal de Manaus em 2016, mas ficou como primeiro suplente de Álvaro Campelo (PP), que dois anos depois abriria a vaga ao se eleger deputado estadual.

Tabosa chegou a assumir no lugar de Campelo, mas ai veio o segundo infortúnio na Justiça Eleitoral, pois nos dois anos entre a eleição municipal de 2016 e a estadual de 2018, ele deixou o PP.

O partido entrou na Justiça Eleitoral pedindo o cargo para Marisson Assunção devido a “infidelidade partidária”. A justiça reconheceu a infidelidade e cassou Tabosa pela segunda vez.

No entanto, anos antes, em 2009, o cassado foi o filho de Ronaldo, o ex-vereador Jander Tabosa. Os problemas com a Justiça Eleitoral da família começaram na eleição de 2008, quando o pai foi considerado inelegível por conta da condenação em primeira instância que depois Glória Carrate usaria para retomar o mandato na CMM em 2013.

Inelegível, mas com uma massiva campanha nas ruas e apontado como um dos favoritos naquela eleição, Ronaldo lançou a candidatura do filho, mas todo o material de campanha seguia sendo veículo com o rosto dele.

O Tribunal Regional Eleitoral, ao receber a denúncia do Ministério Público Eleitoral, entendeu que houve fraude na eleição de Jander, que teria realizado atos que confundiram a imagem dele com a do pai (Ronaldo) e “usar indevidamente o nome e prestígio do pai para iludir os eleitores sobre quem era o verdadeiro  candidato”.