A defesa de Anderson Torres, pediu o adiamento do depoimento do ex-ministro da Justiça de Jair Bolsonaro (PL) à Polícia Federal programado para ocorrer hoje, (24), às 14 horas, informa O Globo.
Ele era secretário de Segurança Pública do Distrito Federal quando ocorreu a invasão às sedes dos três Poderes, em 8 de janeiro. Torres, que estava nos EUA no dia do episódio, foi preso sob suspeita de ter facilitado a ação dos vândalos.
De acordo com os advogados, uma psiquiatra da Secretaria de Saúde do DF atestou a impossibilidade de o ex-ministro da Justiça de “comparecer a qualquer audiência no momento por questões médicas (ajuste medicamentoso), durante 1 semana”. A defesa afirma que o “estado emocional e cognitivo” (leia mais em reportagem de Crusoé) de Torres sofreu uma “drástica piora”, após Alexandre de Moraes decidir mantê-lo preso, na semana passada.
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O depoimento de hoje foi marcado para que Torres preste esclarecimentos sobre as operações da Polícia Rodoviária Federal no segundo turno das eleições, que contrariaram uma ordem do TSE. Na semana passada, o Ministério da Justiça entregou à CGU um relatório mostrando que a PRF fiscalizou 2.185 ônibus no Nordeste, entre 28 e 30 de outubro.
O número de fiscalizações na região, onde Lula era favorito contra Jair Bolsonaro, é muito maior do que nas demais. Segundo o documento, foram 310 fiscalizações no Norte; 571, no Sudeste; 632, no Sul; e 893, no Centro-Oeste.