STF dá 26 anos de prisão a Braga Netto por envolvimento em tentativa de golpe

(Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil)
Após a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) a 27 anos de prisão, a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) também condenou, nesta quinta-feira (11/9), o general da reserva Walter Braga Netto. Os ministros decidiram por 26 anos de prisão em regime fechado por envolvimento no plano de tentativa de golpe que tentou impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva após as eleições de 2022.
Braga Netto, que foi candidato a vice-presidente na chapa de Jair Bolsonaro, já se encontra preso desde dezembro de 2024, acusado de tentar obstruir as investigações sobre a tentativa de golpe. A definição da pena ocorreu durante a fase de dosimetria das condenações impostas aos oito réus do processo.
Mais cedo, por 4 votos a 1, os ministros condenaram os acusados por:
- crimes de organização criminosa armada;
- tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito;
- golpe de Estado;
- dano qualificado por violência e grave ameaça;
- e deterioração de patrimônio tombado.
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De acordo com a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR), Braga Netto teve papel ativo na chamada “operação Copa 2022”, planejada por militares conhecidos como “kids-pretos”, que teria como objetivo ações extremas, incluindo o sequestro e até o assassinato do ministro Alexandre de Moraes.
Em depoimento no âmbito de delação premiada, o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid, afirmou que Braga Netto lhe entregou uma sacola de vinho contendo dinheiro para o financiamento das ações golpistas.
Com a decisão do STF, Braga Netto se junta a outros integrantes do núcleo central da trama já condenados pela Corte.
Vale lembrar que os réus ainda não serão presos, uma vez que cabe recurso.
