ONU aponta insetos como alternativa sustentável contra a fome global; 2 estão na Amazônia

Foto: Formiga saúva na espuma de mandioquinha (Reprodução/Instagram/Banzeiro)
A Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) sugeriu o consumo de insetos como alternativa de proteína para combater a fome no mundo. O hábito, chamado de entomofagia, é comum em diversos países e vem ganhando espaço também no Brasil, onde a formiga tanajura, usada em pratos típicos da Amazônia e do Nordeste, é um exemplo tradicional.
Mesmo produtos industrializados podem conter fragmentos de insetos, dentro dos limites estabelecidos pela Anvisa.
Espécies mais consumidas
Entre os insetos comestíveis mais populares estão:
- Grilos – ricos em ferro, proteína e vitamina B12; usados em farinhas e shakes nos EUA.
- Gafanhotos – consumidos no México e na África; chegam a custar mais que carne bovina em Uganda.
- Cupins – fonte de ferro e cálcio; servidos fritos ou defumados em países africanos.
- Formigas – consideradas iguarias na Amazônia e Ásia, inclusive na alta gastronomia brasileira.
- Abelhas – larvas são apreciadas na Tailândia e Austrália, com sabor amanteigado.
- Besouros e larvas-da-farinha – ricos em proteínas e ômega-3; usados em receitas e farinhas, no México.
- Lagartas – consumidas fritas ou em tortillas na África e no México.
- Cochonilha – inseto amazônico e do México, usado na produção de corantes naturais vermelhos.
Benefícios e riscos
Pesquisas, como a da Universidade Edith Cowan, indicam que os insetos podem ajudar a alimentar até 9,7 bilhões de pessoas até 2050. Além de fornecer proteínas, eles auxiliam na flora intestinal e reduzem a pressão arterial.
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Contudo, especialistas alertam para possíveis reações alérgicas, semelhantes às causadas por frutos-do-mar. Por isso, alimentos à base de insetos devem ser testados e rotulados corretamente.
Entoveganismo
O consumo de insetos inspirou o entoveganismo, termo criado por Josh Galt em 2017. A prática propõe uma dieta semelhante ao veganismo, mas que inclui proteínas derivadas de insetos, consideradas sustentáveis e de baixo impacto ambiental.
*com informações da eCycle






