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Justiça Italiana mantém prisão de Carla Zambelli até o fim do processo de extradição para o Brasil

Justiça Italiana mantém prisão de Carla Zambelli até o fim do processo de extradição para o Brasil

A Justiça da Itália decidiu manter a prisão da deputada Carla Zambelli (PL-SP). A informação foi confirmada nesta terça-feira (19/8) pela Advocacia-Geral da União (AGU). Em audiência realizada no dia 13 deste mês, o Tribunal de Apelações de Roma rejeitou o pedido da defesa para que a parlamentar aguardasse em prisão domiciliar o processo de extradição solicitado pelo Brasil.

Zambelli foi detida em Roma no mês passado, ao tentar escapar de um mandado expedido pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Condenada a 10 anos de prisão por envolvimento na invasão do sistema eletrônico do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) em 2023, a deputada também foi sentenciada a pagar R$ 2 milhões por danos coletivos.

A investigação aponta que ela teria sido a mentora da ação, que resultou na emissão fraudulenta de um mandado de prisão contra Moraes. O ataque, segundo a apuração, foi executado pelo hacker Walter Delgatti, que confirmou ter agido a mando da parlamentar.


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Dona de dupla cidadania, Zambelli deixou o Brasil em maio, mas teve a extradição requerida oficialmente pelo governo brasileiro em junho, após solicitação de Moraes. O processo segue em análise pelas autoridades italianas.

Além disso, Zambelli acumula outros problemas na Justiça e no Congresso. Recentemente, foi condenada em outro caso por porte ilegal e constrangimento com uso de arma de fogo. Na Câmara, responde a dois processos de cassação: um ligado à invasão dos sistemas do CNJ e outro que pode resultar na perda do mandato em razão da decisão do STF.

Atualmente, a deputada está em licença não remunerada de 127 dias; se não voltar ao cargo após esse período, corre o risco de ter o mandato cassado por faltas às sessões.

*Com informações da Veja.