A presidente do NBD (Novo Banco de Desenvolvimento) e ex-presidente da República, Dilma Rousseff, afirmou na terça (13/2) que o Brics já representa 31,5% do PIB (Produto Interno Bruto) global, superando os 30,8% do G7 (Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido, além da União Europeia).
O cálculo usado pela ex-presidente brasileira se refere ao sistema conhecido como PPC (paridade de poder de compra) ou, em inglês, PPP (purchasing power parity). Em vez de simplesmente converter os valores dos PIBs para o dólar pela taxa de mercado, usa-se uma combinação de fatores no PIB pela paridade de compra.
De maneira simplificada, equaliza-se o poder de compra de diferentes moedas, pois com US$ 100 compra-se mais ou menos produtos, a depender do país em que se faz a operação.
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O Brics foi criado em junho de 2009 por estes países: Brasil, Rússia, Índia e China. Depois, entrou a África do Sul, em 2010. Juntos, os 5 formam o acrônimo “Brics” pelas suas iniciais na grafia em inglês. Outros países estão em processo de admissão: Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia e Irã. Não está claro se Dilma fez o cálculo usando os PIBs dos 5 sócios iniciais do Brics ou de todos outros integrantes que estão pedindo admissão.
Segundo ela, o FMI (Fundo Monetário Internacional) afirmou que, até 2028, os países do bloco vão representar de 35 a 40% do PIB global por paridade de poder de compra, enquanto a participação do G7 cairá para 27,8%.
“Mesmo com dificuldades relacionadas à injusta ordem financeira internacional e do grande endividamento dos países em desenvolvimento, os números do Fundo Monetário Internacional são uma boa ilustração desta nova tendência”, declarou a ex-presidente ao ler um discurso em inglês.
Em 2022, o PIB do Brics atingiu US$ 25,9 trilhões. A soma de tudo o que foi produzido, pelos 5 países (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), naquele ano representava 25,5% da atividade econômica global. Este índice não considera a paridade de poder de compra.
*Fonte: Poder 360