A deputada federal Carol Dartora (PT-PR) revelou na última terça-feira (05/11) que recebeu uma série de ameaças de morte e ataques racistas. As intimidações, denunciadas à Polícia Federal, ao Ministério Público Federal e à Polícia Legislativa da Câmara dos Deputados, segundo ela, visam silenciar a primeira mulher negra eleita vereadora em Curitiba (PR), que hoje atua no Congresso Nacional.
Em um discurso contundente no plenário da Câmara, Dartora apresentou detalhes das mensagens que foram recebidas desde 14 de outubro, classificando-as como uma forma de “terrorismo racial” que busca afastá-la da vida pública e desestimular outras mulheres negras a participarem da política .
“Essa violência é uma arma que sustenta o racismo estrutural, buscando manter pessoas negras, indígenas e outras minorias sob submissão”, afirmou a deputada.
Dartora destacou que as ameaças além do ataque pessoal. Segundo ela, representa uma tentativa de manter minorias “em estado de alerta e medo constante”.
“Essas ameaças são mais do que intimidações, elas são uma forma brutal de tortura psicológica, um esforço calculado para me manter em estado de alerta e de medo constante”, declarou.
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Em meio ao discurso, Dartora revelou o impacto psicológico das ameaças e como o medo tem sido uma constante em sua vida.
“Não podemos ignorar o impacto dessas ameaças em nossa saúde mental. Eu convivo diariamente com o medo, mas sigo resistindo […] Essa luta não é só minha, é de todas nós. Todas nós que acreditamos em um Brasil sem racismo, sem violência e sem medo”, completou Dartora.
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