O juiz federal Roberto Lemos dos Santos Filho enviou à Procuradoria-Geral da República (PGR) um pedido de reabertura do inquérito sobre a morte do candidato à presidência da República, Eduardo Campos, vítima da queda de um avião em 2014.
O pedido foi protocolado por Antônio Campos, irmão do ex-governador de Pernambuco, com base em um parecer técnico recente. Ele argumenta que o documento apresenta “fatos novos” e defende a tese de que o acidente foi “provocado”, com “indícios de assassinato”.
Na decisão, Roberto Lemos, da 5ª Vara Federal Criminal de Santos (SP), apontou a “singularidade” do caso e indicou que o encaminhamento à PGR visa “assegurar a revisão da investigação e assentar o acerto da conclusão alcançada”.
Leia mais:
PGR pede ao Senado que entregue os HDs com os dados da CPMI do 8/1
Amom aciona PGR para investigar visitas da “dama do tráfico amazonense” ao Ministério da Justiça
Em análise anterior, o Ministério Público Federal em Santos se manifestou por não reabrir o caso, após ter acesso ao documento, segundo o jornal O Estado de S. Paulo. Diante da negativa, a praxe é que o pedido seja encaminhado à PGR para uma avaliação definitiva.
O acidente ocorreu na manhã de 13 de agosto de 2014, quando Campos era candidato à Presidência da República, pelo PSB. Ele cumpria agenda de campanha viajando do Rio de Janeiro para o Guarujá quando o avião, modelo Cessna 560XL, caiu em Santos.
O inquérito que apurava as causas do acidente foi arquivado em 2019, com resultado inconclusivo. Os investigadores não conseguiram determinar a causa exata da queda da aeronave, nem definir os responsáveis por eventuais crimes ou falhas.