O candidato à presidência e ex-ministro Ciro Gomes (PDT) deixou claro ontem, em evento do banco BTG Pactual, que não apoiará o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) num eventual segundo turno da eleição presidencial contra Jair Bolsonaro (PL). Sem papas na língua, ele afirmou: “Nunca mais farei campanha para bandido nesse País, nem que o pau tore. Por isso eu tenho que estar no segundo turno”.
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Ele também descartou as análises que apontam não haver terceira via, um nome viável para quem não deseja votar nem em Lula nem em Bolsonaro. “Há um elemento instável, que é o nosso povo. Sistematicamente, a gente não aprende, que o nosso povo se comporta como rebelde perante as coisas”, disse. Como exemplo dessa imprevisibilidade do povo brasileiro, ele citou o atentado sofrido por Bolsonaro em 2018: “Em fevereiro de 18, ninguém dava a menor bola, fomos minimizando o risco Bolsonaro. Veio uma facada e pronto: o homem está eleito. O resultado prático é que o número de mortes por Covid é quatro vezes maior que a média mundial. E esse resultado é motivado pela política genocida do presidente”.
Ciro Gomes ainda disse que, no seu primeiro dia de governo, acabaria com as emendas de bancada e de relator, que geraram o chamado “orçamento secreto” visto hoje e controlado por parlamentares. E também defendeu a taxação progressiva de grande fortunas e heranças.
Via Estadão.