O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ficou contrariado após ter seu pedido de devolução de passaporte negado pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Bolsonaro havia sido convidado para a posse do presidente eleito Donald Trump, que ocorrerá na próxima segunda-feira (20), nos Estados Unidos. Contudo, o ex-presidente está impedido de deixar o país desde fevereiro de 2024.
Em entrevista concedida à revista Oeste, Bolsonaro declarou: “Não estou indo para uma festa de batizado, da filha ou da neta de ninguém. É um evento de posse da maior democracia do mundo”, afirmou, visivelmente contrariado com a decisão de Alexandre de Moraes.
O STF entendeu que a defesa de Jair Bolsonaro não apresentou um documento oficial que comprovasse o convite para a posse do presidente dos Estados Unidos, conforme solicitado em decisão anterior. Apenas um e-mail não oficial foi apresentado, o que foi considerado insuficiente para validar o convite.
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“Me senti como uma criança recebendo um presente”, revelou Bolsonaro, ao descrever como se sentiu ao ser convidado para a cerimônia de posse de Trump. O ex-presidente informou que sua esposa, Michelle Bolsonaro, irá representá-lo na posse, e destacou que ela receberá tratamento especial, dado o vínculo de amizade entre Bolsonaro e Trump.
Por que o passaporte de Bolsonaro foi apreendido?
A apreensão do passaporte do ex-presidente ocorreu em 8 de fevereiro, como parte da operação Tempus Veritatis, autorizada por Alexandre de Moraes. A investigação apura a suposta participação de Bolsonaro e aliados em uma trama contra a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Na ocasião, dois oficiais militares e dois auxiliares diretos do ex-presidente foram presos, além de mandados de busca e apreensão terem sido cumpridos contra ex-ministros.