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Barcelos: MPAM investiga gestão anterior do município por suspeita de compra de água vencida

O ex-prefeito de Barcelos, Edson Mendes é investigado sobre suspeita de que a prefeitura teria adquirido garrafões de água mineral de 20 litros com validade vencida
21/10/25 às 19:52h
Barcelos: MPAM investiga gestão anterior do município por suspeita de compra de água vencida

(Foto: Reprodução/Redes Sociais)

Em meio à seca histórica que castigou comunidades ribeirinhas do Amazonas em 2024, uma nova investigação do Ministério Público do Estado (MPAM) lança luz sobre possíveis irregularidades na administração do ex-prefeito de Barcelos, Edson Mendes (MDB). O órgão apura a suspeita de que a prefeitura teria adquirido garrafões de água mineral de 20 litros com validade vencida para distribuição às famílias atingidas pela estiagem.

O caso, que começou como um procedimento preparatório em janeiro de 2025, foi convertido em Inquérito Civil em outubro, após o ex-prefeito não responder aos pedidos de esclarecimento e envio de documentos. Segundo o MPAM, a ausência de registros oficiais sobre a compra e a inexistência de uma transição formal de governo agravaram as suspeitas e dificultaram a apuração dos fatos.

A investigação também identificou falhas no setor de licitações do município e requisitou ao Tribunal de Contas do Amazonas (TCE-AM) informações e auditorias sobre as contas da Prefeitura de Barcelos no período de janeiro de 2023 a janeiro de 2025. O objetivo é verificar se houve irregularidades na utilização de recursos públicos e se há tomadas de contas especiais relacionadas à aquisição dos garrafões.


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Edson Mendes foi notificado pelo MPAM e tem prazo de dez dias úteis para apresentar toda a documentação da compra, segundo o documento do orgão fiscalizador, e ainda terá que justificar o motivo da aquisição de produtos vencidos e explicar a ausência de transição formal de governo. Caso não apresente as informações dentro do prazo, o ex-gestor poderá responder por obstrução das investigações.

A apuração faz parte de um conjunto de ações do Ministério Público para reforçar a transparência na gestão pública e garantir que recursos destinados a emergências — como o abastecimento de água durante a seca — sejam aplicados corretamente, sem colocar em risco a saúde da população ribeirinha.

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