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Grupo que aplicou golpe de R$ 500 milhões com falsa venda de casas é preso no AM

Grupo que aplicou golpe de R$ 500 milhões com falsa venda de casas é preso no AM

As Polícias Civil do Amazonas (PC-AM) e do Paraná (PCPR) deflagraram, nesta quarta-feira (13/8), a terceira fase da Operação Sombra Financeira, que resultou na prisão de cinco pessoas no Amazonas e no cumprimento de 12 mandados de busca e apreensão. A ação faz parte de uma investigação contra um grupo suspeito de aplicar golpes de falso consórcio em todo o país.

A operação foi realizada simultaneamente em nove estados brasileiros, incluindo o Amazonas, onde participaram equipes do Departamento de Repressão ao Crime Organizado (DRCO) da PC-AM e da PCPR.

Esquema milionário

De acordo com a delegada Grace Jardim, diretora de comunicação da PC-AM, a atuação conjunta foi essencial para desmantelar a estrutura criminosa.

“Esse grupo criminoso movimentou aproximadamente meio bilhão de reais e, na manhã desta quarta-feira, as equipes policiais estiveram nas ruas para desmantelá-lo, reforçando o enfrentamento às organizações criminosas no Amazonas”, destacou.

O delegado Tiago Dantas, da PCPR, explicou que a terceira fase da operação teve como foco desarticular o braço financeiro do esquema. A investigação começou em janeiro de 2023, quando 12 pessoas foram presas em flagrante em Curitiba por vender, de forma fraudulenta, imóveis e veículos em redes sociais.


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Como o golpe funcionava

Segundo o delegado, os criminosos anunciavam casas e carros verdadeiros com fotos retiradas da internet como se estivessem à venda. As vítimas eram atraídas para um estabelecimento comercial, faziam o pagamento de uma entrada, mas nunca recebiam o bem adquirido, pois os golpistas desapareciam.

As apurações apontam que o grupo atuava há cerca de quatro anos e que 200 Boletins de Ocorrência foram registrados somente no Amazonas.

Cooperação interestadual

As investigações revelaram que a parte financeira do esquema estava concentrada no Amazonas, o que motivou a troca de informações entre os serviços de inteligência das duas polícias.

“Em 2024 aconteceu a segunda fase da operação, quando desarticulamos o lado operacional das pessoas que estavam praticando a fraude. Já nesta quarta-feira deflagramos mais uma fase para desarticular a parte financeira do grupo criminoso”, disse Dantas.

Além das prisões no Amazonas, outros mandados foram cumpridos na Bahia, Sergipe, Minas Gerais, Santa Catarina e mais quatro estados, resultando em mais de 11 prisões ao todo.

Procedimentos legais

Todos os suspeitos responderão por estelionato, lavagem de dinheiro e organização criminosa, permanecendo à disposição da Justiça.

“Sem a cooperação entre as instituições, dificilmente teríamos sucesso. A PC-AM foi extremamente eficiente e nos auxiliou desde o início com o levantamento e troca de informações in loco”, finalizou o delegado.