O presidente da China, Xi Jinping, disse ao presidente do Estados Unidos, Joe Biden, que pretende reunificar Taiwan à China. O líder do Partido Comunista Chinês ainda teria desmentido previsões de militares americanos de que Taiwan seria invadida entre 2025 e 2027, afirmando que prazos ainda não foram estabelecidos para a operação.
Oficiais chineses ainda pediram que Biden fizesse uma declaração pública de apoio à reunificação pacífica de China e Taiwan, e de repúdio ao movimento de independência da ilha, antes da suposta reunião. A Casa Branca rejeitou o pedido.
A reunião entre os líderes aconteceu no dia 15 de novembro, na Califórnia, onde eles participaram de uma reunião bilateral paralela à Cúpula de Líderes da Cooperação Econômica Ásia Pacífico.
Leia mais:
Ex-prefeito de NY, Rudolph Giuliani declara falência após condenação
Homem que passou 48 anos preso injustamente é inocentado e deixa prisão
As declarações surpreenderam oficiais dos EUA, pois era esperado que conversas entre os presidentes das superpotências ajudasse a diminuir as tensões geopolíticas entre os dois países. A senadora Lindsey Graham emitiu um comunicado, após publicação da notícia, dizendo que situação era “muito preocupante”.
“Trabalharei com senadores democratas e republicanos para fazer duas coisas rapidamente: primeiro, criar um suplemento de defesa robusto para Taiwan e segundo elaborar sanções infernais pré-invasão para impor à China, caso o país tome medidas para anexar Taiwan”, afirmou a senadora.
Contexto histórico
Fontes históricas apontam que Taiwan ficou sob controle total chinês pela primeira vez no século 17, quando a dinastia Qing passou a administrá-la. Em 1895, eles entregaram a ilha ao Japão depois de perder a primeira guerra sino-japonesa.
A China tomou a ilha novamente em 1945, depois que o Japão perdeu a Segunda Guerra Mundial. Mas uma guerra civil eclodiu na China continental entre as forças do governo nacionalista lideradas por Chiang Kai-shek e o Partido Comunista de Mao Tse-tung. Os comunistas venceram em 1949 e assumiram o controle em Pequim.
Chiang Kai-shek e o que restou do partido nacionalista — conhecido como Kuomintang — fugiram para Taiwan, onde governaram pelas próximas décadas.
Atualmente, apenas 13 países (além do Vaticano) reconhecem Taiwan como um país soberano.
*com informações Metrópoles