O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, discursou nesta sexta (27/9) na Assembleia Geral da ONU. Na hora em que ele subiu ao púlpito para falar, várias delegações abandonaram o plenário da ONU, incluindo a do Brasil, e vaias foram ouvidas. O presidente da sessão teve de pedir silêncio.
Netanyahu começou falando:
“Eu não pretendia vir aqui este ano. Meu país está em guerra, lutando por sua sobrevivência. Mas depois de ouvir mentiras contra meu país por muitos aqui, resolvi vir. Israel busca a paz, torce pela paz, e vai tornar a fazer a paz. No entanto, enfrentamos um inimigo selvagem e precisamos combatê-lo”.
Esse inimigo a que o primeiro-ministro se referiu é o Irã, a quem ele chamou de ‘maldição’. A delegação iraniana também foi uma das que abandonou o plenário.
Netanyahu ameaçou claramente o Irã:
“Não há nenhum lugar no Irã que Israel não possa alcançar.
Não estamos só nos defendendo. Também estamos defendendo vocês contra um inimigo comum que ameaça nosso modelo de vida.
Se vocês atacarem a gente, nós te atacaremos“.
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Ao comentar a guerra na Faixa de Gaza, ele disse que Israel já matou ou capturou “mais da metade dos 40.000 soldados do Hamas” e afirmou estar “pronto para apoiar uma administração civil local comprometida com a paz”. Netanyahu ainda disse:
“Essa guerra pode ter um fim agora. Tudo o que falta é que o Hamas se renda, entregue as armas e devolva os reféns. Não queremos ver uma só pessoa, uma só pessoa inocente, morrer. Isso é sempre uma tragédia”.
Netanyahu também disse que vai continuar os bombardeios no Líbano, para combater o grupo Hezbollah.
Com informações de G1