A Polícia da Pensilvânia, nos Estados Unidos, deu uma entrevista coletiva na manhã desta quarta-feira, 13, na qual deu mais informações sobre a prisão de Danilo Cavalcante, brasileiro que foi condenado à prisão perpétua no país por ter matado a ex-namorada, também brasileira. Cavalcante estava foragido desde o último dia 31, quando fugiu da penitenciária do condado de Chester, na Pensilvânia.
Ele foi capturado após 14 dias de buscas, que envolveram uma megaoperação com 500 policiais, participação do FBI e fechamento de escolas e parques. Mesmo assim, o brasileiro conseguiu percorrer uma distância de 38 quilômetros e chegou a roubar uma van e um rifle de alta precisão.
Veja vídeo de Danilo Cavalcante sendo conduzido pela polícia da Pensilvânia abaixo:
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Segundo a polícia, o processo da captura de Cavalcante começou quando, durante a madrugada, o alarme de um imóvel foi disparado. Policiais não encontraram nada, mas isso levou a operação a focar na área. Usando câmeras térmicas em aeronaves, os policiais conseguiram captar sinais de calor e identificaram o ponto em que o brasileiro estava.
As operações tiveram de ser interrompidas na madrugada, devido a uma tempestade que forçou as aeronaves a pousar.
De manhã, a operação foi retomada, com os policiais cercando o local. Agentes em terra, com cães rastreadores, confirmaram a presença de Cavalcante.
Ele foi achado embaixo de uma pilha de madeira, e só percebeu a presença dos policiais quando já estava cercado. Ele se rendeu e nenhum tiro foi disparado na sua prisão.
Cavalcante foi preso em uma área de floresta perto do South Coventry, onde se suspeitava que ele estava na terça. Segundo o tenente-coronel George Bivens, que coordenou a operação, o fugitivo só se movimentava durante a noite.
Em comunicado, a polícia informou:
“A captura de Cavalcante dá fim ao pesadelo das duas últimas semanas, e agradecemos a cada um dos policiais regionais, estatuais e federais que saíram às ruas em todas as condições, dia e noite”.
Cavalcante foi condenado nos EUA por matar a facadas a ex-namorada (também brasileira) Debora Brandão, na frente dos filhos dela, em 2021. Ele também é réu no Brasil por ter cometido um homicídio no Tocantins, em 2017. A irmã de Debora, Sílvia, já afirmou estar “aliviada” com a prisão dele. Ela disse:
“A prisão dele traz muito alívio. A gente se afastou das notícias para ficar tranquilo, ter paz, porque estamos aflitos e adoecendo. Minha mãe passou mal. Tínhamos medo dele ter alguma uma retaliação com minha família. Tínhamos muito medo porque vocês [da imprensa] sabem do que ele é capaz”.