Após o presidente da Argentina, Javier Milei, dizer que fechar as ruas é um delito, os primeiros manifestantes começaram a se aglomerar nas ruas de Buenos Aires, nesta quarta-feira (20/12), para o primeiro grande “piquete” da administração de Javier Milei.
Essa é uma mobilização tradicional dos argentinos, em memória dos 39 mortos nos protestos de 19 e 20 de dezembro de 2001, ano da pior crise econômica, social e política que a Argentina já viveu.
Movimentos sociais e partidos de esquerda da Argentina marcam presença nas ruas, mesmo depois que o governo prometeu retaliações e impôs restrições. Na segunda-feira (18/12), o governo confirmou que os beneficiários de planos sociais que participarem de protestos que bloqueiem vias não receberão mais ajuda estatal.
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Segundo a ministra da Segurança, Patrícia Bullrich, todas as forças federais poderão ser acionadas e será empregada “a mínima força necessária e suficiente” para acabar com as mobilizações. Quem estiver protestando com o rosto coberto ainda poderá ser detido e encaminhado para verificação da identidade.
O líder da esquerda do país, Eduardo Belliboni, disse à imprensa que deverá levar até 40 mil pessoas às ruas. Ele afirmou à jornalistas que os manifestante “iriam para cima”. As pessoas podem se mobilizar, mas devem ocupar apenas as calçadas ou áreas que não atrapalhem a circulação de veículos.