A Câmara dos Estados Unidos aprovou nesta quarta-feira (13/3), uma legislação que pode proibir o TikTok no país. A preocupação existe por conta da segurança dos dados dos norte-americanos e com a influência do Partido Comunista Chinês (PCCh) por meio da plataforma.
A votação foi de 352 a favor e 65 contra. Agora, a lei vai para o Senado. Depois, ainda precisa de sanção do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden. Ou seja, o caminho a frente do projeto ainda é longo. Mas Biden já disse que assinaria a lei.
“A China comunista é o maior inimigo geopolítico da América e está usando a tecnologia para minar ativamente a economia e a segurança da América”, disse o presidente Mike Johnson, R-La., em um comunicado após a votação, alertando que o TikTok poderia ser usado para acessar dados americanos e espalhar informações “prejudiciais”.
Cinquenta democratas e 15 republicanos votaram contra o projeto de lei. “Adversários como a China fecham jornais, estações de transmissão e plataformas de mídia social. Nós não”, disse o deputado Jim Himes, D-Conn. em um comunicado. “Confiamos que nossos cidadãos sejam dignos de sua democracia. Não confiamos no nosso governo para decidir quais informações eles podem ou não ver.”
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O TikTok foi ao X para argumentar contra a lei e disse que ela violaria os direitos da Primeira Emenda de seus 170 milhões de usuários dos EUA e prejudicaria milhares de pequenas empresas que dependem dela.
“O que estamos procurando é uma separação do TikTok de sua empresa-mãe, a ByteDance, e, por extensão, do PCCh”, disse o autor do projeto de lei, deputado Mike Gallagher, R-Wis., presidente do comitê seleto que investiga o Partido Comunista Chinês. “E nesse mundo, os usuários do TikTok podem continuar usando a plataforma. Na verdade, acho que permitiria uma melhor experiência do usuário.”
*Com informações Estadão e G1