Na quinta (6/2), Israel seguiu os passos dos Estados Unidos e anunciou que se retirou do Conselho de Direitos Humanos (CDH) da ONU (Organização das Nações Unidas). A informação foi confirmada nesta sexta (7), pelo ministro das Relações Exteriores de Israel, Gideon Saar, em uma carta endereçada ao presidente do Conselho, Jorg Lauber.
Saar explicou que a medida foi tomada devido ao “preconceito institucional contínuo” contra Israel, que, segundo ele, tem se mantido desde a criação do Conselho em 2006.
A medida de Israel é tomada dois dias após a saída dos EUA do mesmo conselho.
A saída significa uma espécie de bloqueio a informações sobre direitos humanos nesses países.
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O que é o Conselho de Direitos Humanos da ONU?
Criado em 2006, o CDH se dedica a fazer investigações, relatórios e votar resoluções relacionadas com o descumprimento dos direitos humanos em diferentes países, em casos que vão desde terrorismo ao genocídio, passando por perseguição a povos originários, minorias étnicas ou religiosas, massacres e torturas.
Também realiza um relatório, a cada quatro anos, com a situação dos direitos humanos em todos os 193 países que integram a Organização das Nações Unidas (ONU). Qualquer caso envolvendo um possível desrespeito dos direitos humanos em qualquer país do mundo pode ser alvo de investigações, relatórios e votações do conselho.
O conselho faz parte da ONU e tem 47 países-membros. O número é pequeno porque os membros são eleitos para mandatos bienais. O Brasil é atualmente um país-membro e tem mandato que vai até 2026.
Os Estados Unidos já tinha deixado o conselho uma vez antes, em 2018, no primeiro governo do republicano Donald Trump. A nação acabou voltando alguns anos depois.
A retirada é vista como um reflexo das tensões diplomáticas entre Israel e a ONU, particularmente em relação às questões de direitos humanos no contexto do recente conflito israelense-palestino.
*Com informações de G1 e On Jornal.