O secretário de Estado dos Estados Unidos (EUA), Antony Blinken, defendeu, nesta quinta-feira (22/02), em entrevista coletiva no Rio de Janeiro, a reforma do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU). Blinken está na capital fluminense para participar da reunião de chanceleres do G20, grupo que reúne as maiores economias do mundo.
“Estamos atuando no esforço de expandir o Conselho de Segurança das Nações Unidas [ONU], tanto em termos [de membros] permanentes quanto de não permanentes, para que ele reflita melhor o mundo de hoje”.
Afirmou o secretário de Estado dos EUA. Atualmente, o Conselho de Segurança da ONU possui cinco membros permanentes, China, França, Rússia, Reino Unido e Estados Unidos. Além disso, os membros rotativos em 2023 eram Albânia, Brasil, Equador, Gabão, Gana, Japão, Malta, Moçambique, Suíça e Emirados Árabes Unidos.
A reforma do Conselho de Segurança é uma bandeira defendida pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O petista também argumenta que os membros do grupo devem ser pacifistas e não fomentar guerras.
“É preciso que tenha uma nova geopolítica na ONU. É preciso acabar com o direito de veto dos países. E é preciso que os membros do Conselho de Segurança sejam atores pacifistas e não atores que fomentam a guerra”.
“As últimas guerras que nós tivemos, a invasão ao Iraque não passou pelo Conselho de Segurança da ONU, a invasão à Líbia não passou pelo Conselho de Segurança da ONU, a Rússia não passou pelo Conselho de Segurança para fazer guerra com Ucrânia e o Conselho de Segurança não pode fazer nada na guerra entre Israel e Faixa de Gaza”, acrescentou Lula.
Declarou o presidente durante visita ao Cairo, capital do Egito. Lula e Antony Blinken se reuniram na quarta-feira (21/02) no Palácio do Planalto, em Brasília. Durante o encontro, eles discutiram sobre a situação em Gaza, Ucrânia e acordos bilaterais.