Devido aos diversos ataques que estão acontecendo a navios cargueiros no Mar Vermelho, os Estados Unidos vão liderar uma coalizão para criar um corredor seguro na região, situada entre a África e a Ásia.
O plano é que navios da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) criem uma espécie de escudo contra ataques de drones e mísseis deflagrados pelos rebeldes do grupo houthis, uma facção político-religiosa apoiada pelo Irã. Esses ataques têm causado impacto em uma das principais rotas de distribuição.
Chamada de “Guardião da Prosperidade” e ainda em fase inicial, a operação visa enfrentar a recente escalada de ataques dos houthis. Países como França, Itália, Holanda, Noruega, Espanha, Bahrein e Seychelles estão entre os participantes da operação.
“Navios e aeronaves de várias nações estão e continuarão a se juntar aos Estados Unidos na realização de vigilância marítima e tomando ações defensivas conforme apropriado para proteger navios comerciais da ameaça representada pelos Houthis”, afirmou o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional dos Estados Unidos, John Kirby, na terça-feira (19/12).
Em reação, o chefe dos houthis, Abdel-Malek al-Houthi, disse nesta quarta (20/12) que o grupo não ficará de “braços cruzados” e atacará com mísseis os navios de guerra da coalizão. Os houthis são alinhados ao Irã e ao Hamas.
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O Mar Vermelho é um canal entre a Península Arábica e o continente africano. Em um ponto, no Estreito de Babelmândebe, a distância entre os dois continentes é de apenas 30 quilômetros de mar. Cerca de 10% dos bens comercializados no mundo atravessam essa passagem, de acordo com a agência de notícias Associated Press.
Os EUA podem enviar militares para responder aos ataques dos rebeldes houthis. O secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin afirmou que o país vai organizar uma força com representantes de diversas nações para “responder aos desafios de segurança no sul do Mar Vermelho e no Golfo de Aden, com o propósito de garantir a liberdade de navegação para todos os países“.