Nesta sexta (10/1), os Estados Unidos anunciaram que pagarão 25 milhões de dólares (cerca de R$ 152 milhões) por informações que levem à prisão do ditador Nicolás Maduro ou do ministro do seu governo, Diosdado Cabello (Interior, Justiça e Paz).
O Tesouro dos EUA aumentou o valor da recompensa no mesmo dia em que Maduro tomou posse para seu terceiro mandato consecutivo como presidente da Venezuela. A eleição do país, ocorrida em julho de 2024, é amplamente questionada pela oposição a Maduro e por vários países, que acusam o governo de fraude eleitoral.
Maduro e Cabello são acusados de tráfico de drogas e corrupção, informaram autoridades à AFP. Também há uma nova recompensa pelo ministro da Defesa, Vladimir Padrino, no valor de US$ 15 milhões (aproximadamente R$ 91 milhões).
Logo após a posse, além do valor da recompensa, EUA e Reino Unido anunciaram sanções contra funcionários de alto escalão do governo de Maduro que “minaram” o processo eleitoral na Venezuela. O secretário de Relações Exteriores do Reino Unido, David Lammy, afirmou:
“A reivindicação de poder de Nicolás Maduro é fraudulenta. Não vamos ficar parados enquanto Maduro continua a oprimir, minar a democracia e cometer terríveis violações dos direitos humanos”.
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Um processo eleitoral contestado
Até hoje as atas eleitorais com os resultados das eleições venezuelanas não foram divulgadas. A oposição fez sua própria contagem nos pontos de votação, que teria apontado a vitória de Edmundo González, principal candidato opositor a Maduro.
Após a divulgação do resultado, quando o órgão eleitoral do país proclamou a vitória de Maduro, pessoas foram às ruas em protesto: Só nas primeiras 24 horas de protestos, 11 pessoas morreram e 700 foram presas.
O Governo Lula enviou sua embaixadora em Caracas, Gilvania de Oliveira, para a cerimônia de posse. O Brasil não rompeu relações com a Venezuela, mas não reconheceu a vitória de Maduro.
*Com informações do UOL.