Uma semana após ser absolvido pela Justiça espanhola, o ex-jogador Daniel Alves recebeu de volta nesta sexta-feira (4/4) os seus passaportes brasileiros e espanhol. Ele está legalmente autorizado a deixar a Espanha, se quiser.
O Tribunal Superior de Justiça da Catalunha informou que o brasileiro esteve nesta sexta ao tribunal para trâmites administrativos e recuperou seus passaportes, retidos desde que ele foi preso pela primeira vez, em 2023. O jogador, que atuou pelo Barcelona, também tem nacionalidade espanhola.
Daniel Alves tem uma casa em Barcelona, onde vive com a esposa, a modelo espanhola Joana Sanz. A defesa dele, até o momento de postagem desta matéria, não informou se o ex-jogador pretende voltar ao Brasil.
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Entenda o caso: Daniel Alves é absolvido
Na semana passada, o Tribunal Superior da Catalunha anulou a condenação de Alves por unanimidade. O ex-jogador havia sido sentenciado a 4 anos e 6 meses de prisão por um tribunal de primeira instância, acusado de estuprar a jovem em uma discoteca em Barcelona, em caso que ocorreu em 30 de dezembro de 2022.
Os juízes apontaram que a decisão anterior apresentava “lacunas e imprecisões”. Entre elas, no entendimento dos juízes a “vítima era uma testemunha não confiável” porque várias das suas declarações não foram verificadas, e que a declaração dela sobre “penetração vaginal não consentida” não teria sido contrastada com outras provas, como “impressões digitais e evidências de DNA biológico”.
Apesar de não duvidarem do teor da denúncia, a Corte entendeu que a sentença em primeira instância não esgotou todos os recursos para comprovar a versão da acusação.
E a sentença ressalta que a decisão de anular a condenação não significa que o tribunal esteja afirmando que a versão de Alves — de que não houve estupro e que ele teve uma relação sexual consentida com a vítima — seja a correta.
Em janeiro de 2023, Daniel Alves foi preso e denunciado pela polícia de Barcelona pelo crime. Ele forneceu ao menos quatro versões diferentes para o caso, enquanto a vítima manteve seu testemunho. O julgamento do caso ocorreu em fevereiro do ano passado e durou três dias.
*Com informações de G1