Os presidentes do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva; da Argentina, Alberto Ángel Fernández; e Paraguai, Mario Abdo Benítez, assinaram o comunicado conjunto da 62ª Cúpula de Presidentes do Mercosul e Estados Associados, realizada nos últimos dias em Puerto Iguazú, província argentina de Missões.
O presidente do Uruguai, Luis Lacalle Pou, não assinou a nota conjunta, mesmo tendo participado do encontro, por considerar que o documento não inclui termos que o governo uruguaio considera importantes.
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No comunicado, os presidentes dos três países renovaram o compromisso do Mercado Comum do Sul (Mercosul) com o fortalecimento da democracia, do Estado de Direito e do respeito aos direitos humanos e destacaram a importância da agenda econômica, comercial, social e cultural do bloco em benefício de seus cidadãos e cidadãs.
A carta ainda saúda o Brasil pelo início da presidência pro tempore do bloco. A presidência do Mercosul é rotatória e o Brasil terá o comando do bloco pelos próximos seis meses.
Sobre a adesão da Bolívia como estado parte do Mercosul, os presidentes expressaram a vontade de avançar com o processo de adesão para, desta forma, consolidar a integração da América do Sul.
E sobre o Acordo de Associação com a União Europeia, os três mandatários reafirmaram, no documento, o compromisso do Mercosul para avançar até a efetiva assinatura do acordo, considerando que este deve ser benéfico a todas as partes, considerando os diferentes níveis de desenvolvimento das nações.Oficiais do governo do Uruguai indicaram que o presidente do país não assinou o documento porque os outros países não concordaram em incluir questões que considera centrais, como flexibilização e modernização do bloco regional. Em seu discurso durante a cúpula, o presidente Lacalle Pou também se posicionou contrário ao retorno da Venezuela ao bloco, suspensa do Mercosul em 2017 por não cumprir critérios democráticos.