O autor do ataque ao primeiro-ministro eslovaco, Robert Fico, foi acusado de tentativa de homicídio e crime de motivação política. A informação foi divulgada pelo próprio governo da Eslováquia, nesta quinta (16/5).
O ministro do Interior, Matus Sutaj Estok, disse que o autor, que foi detido após o ataque, admitiu que o crime teve motivação política. Ainda segundo o governo, o suspeito não pertence “a nenhum partido extremista, nem de esquerda nem de direita” e que se trata de um “lobo solitário” (que atua sozinho).
O vice-primeiro-ministro Robert Kalinak anunciou publicamente hoje que Fico está está em condição estável, mas que o quadro de saúde dele permanece “muito grave”.
Ele acabou sendo atingido por vários tiros, e não só um, como inicialmente fora noticiado, e passou por uma cirurgia de cinco horas hospital Roosvelt de Banska Bystrica, na região central do país.
Veja vídeo pós-ataque ao primeiro-ministro:
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As imagens registradas logo após o tiroteio mostraram agentes de segurança retirando Fico, ferido, do chão e o levando para um veículo preto. Ao mesmo tempo, alguns policiais algemavam um homem na calçada.
Segundo as autoridades, o suspeito é um escritor de 71 anos.
O ataque foi condenado por líderes de vários países: O presidente eleito da Eslováquia, Peter Pellegrini, disse ter ficado “horrorizado” ao saber do ataque contra seu aliado, e chamou o crime de “ataque à democracia”. Outros governantes europeus enviaram mensagens de apoio a Fico, incluindo os primeiros-ministros da Espanha, Pedro Sánchez, da Polônia, Donald Tusk, República Tcheca, Petr Fiala, e Reino Unido, Rishi Sunak. O governo do Brasil expressou consternação e repúdio ao ataque.
Robert Fico, que tem 59 anos, tem proximidade com o governo russo do presidente Vladimir Putin. Ele foi o mais votado nas eleições gerais de setembro de 2023 na Eslováquia com uma plataforma a favor do presidente russo Vladimir Putin, e contrária a ajuda da União Europeia e da Otan à Ucrânia.
*Com informações de Agência Brasil e UOL