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Novo teste para gripe detecta a doença através do paladar antes dos primeiros sintomas

O método, que funciona como um autoteste sensorial, detecta o vírus ao entrar em contato com a saliva
15/10/25 às 16:46h
Novo teste para gripe detecta a doença através do paladar antes dos primeiros sintomas

(Foto: reprodução)

Um novo teste para gripe desenvolvido por pesquisadores da Universidade de Würzburg, na Alemanha, pode identificar a doença antes mesmo do surgimento dos sintomas; febre, coriza e dor de garganta. O método, que funciona como um autoteste sensorial, detecta o vírus ao entrar em contato com a saliva e produz um sabor específico na boca.

O estudo, liderado pelo professor Lorenz Meinel, foi publicado no início de outubro na revista científica ACS Central Science. Segundo o pesquisador, a técnica busca simplificar e baratear o diagnóstico da gripe, tornando-o acessível mesmo em regiões com infraestrutura médica limitada.

A inovação combina duas substâncias principais: o timol, composto natural presente em ervas como tomilho e orégano, e um açúcar específico do vírus influenza. Quando a amostra de saliva contém o vírus ativo, o dispositivo libera o sabor característico do timol, sinalizando a infecção. Em pessoas não infectadas, o gosto não é ativado.

“Em vez de depender de testes caros e complexos, utilizamos o próprio paladar humano como ferramenta para a detecção precoce de infecções”, explicou Meinel em comunicado.


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Os pesquisadores afirmam que a tecnologia pode ser adaptada para liberar diferentes sabores, como doce, amargo ou salgado, de acordo com o tipo de agente infeccioso detectado. O sistema também pode ser ajustado para identificar outras doenças, substituindo o açúcar do vírus por proteínas específicas de bactérias, por exemplo.

Para ampliar o acesso ao teste, a equipe pretende incorporar os sensores em produtos de uso comum, como chicletes e pirulitos, facilitando a distribuição e o uso em massa. O projeto está sendo desenvolvido em parceria com uma startup criada pela própria universidade, e a expectativa é de que o produto esteja pronto em até quatro anos.

Segundo os autores, a aplicação em larga escala da tecnologia pode ajudar a conter surtos de gripe em locais de alta circulação, como escolas, creches e instituições de longa permanência.

*Com informações do Metrópoles.