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Nova medida sobre importações agrava insegurança jurídica do modelo ZFM

Nova medida sobre importações agrava insegurança jurídica do modelo ZFM

Decisão da Câmara de Comércio Exterior (Comex) deve afetar setor de componentes. Foto: Divulgação

Um mês após o anúncio da redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) pelo governo federal, uma nova medida deve abalar a competitividade do modelo Zona Franca de Manaus. Em reunião realizada na última segunda-feira (22), a Câmara de Comércio Exterior (Camex), órgão vinculado ao Ministério da Economia, determinou a redução em mais de 10% do Imposto de Importação (II).

A dispensa do tributo é considerada o segundo maior benefício concedido às indústrias do Polo Industrial de Manaus (PIM), e contempla o setor de componentes. Para o deputado estadual e economista Serafim Corrêa (PSB), a redução intensifica a insegurança jurídica em torno da política de isenções fiscais da ZFM e afasta investimentos privados na indústria local.

Se o resto do Brasil também pode importar, fica tudo igual. O país vira uma grande Zona Franca, e acho que é isso que estão querendo”, afirmou o deputado Serafim Corrêa. “No pior cenário, as empresas vão começar a sair e outras irão atrás. Vai ser o caminho da roça”, acrescentou.

 


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Para o deputado Ângelus Figueira (DC), as medidas que afetam a ZFM sinalizam a necessidade de buscar novos vetores para a economia local.

“Temos um reserva florestal fantástica, minérios como o potássio, que ganhou destaque após a guerra da Rússia. Devemos avançar no cultivo de cacau e açaí. Vivemos em um país que tem 30% do PIB (Produto Interno Bruto) baseado no setor primário, no agronegócio, e o Amazonas está fora desse sistema“.

Figueira acrescentou que a ZFM não beneficiou de forma satisfatória o interior do Amazonas, portanto a renovação das matrizes econômicas do estado deve atender essa população.

 

Daniel Amorim, da redação