A estrela do basquete Brittney Griner, bicampeã olímpica pelos Estados Unidos da América, (EUA) e oito vezes all-star da WNBA, enviou carta ao presidente do país, Joe Biden, e pediu por ajuda para retornar para casa. Depois de ser acusada por tráfico internacional de drogas, ela ficou detida em Moscou, na Rússia, há cinco meses.
O julgamento de Griner começou na última sexta-feira, dia 1º de julho. Ela ouviu acusações que podem levá-la a dez anos de prisão. Em viagem a Moscou, em fevereiro, a jogadora foi presa ao desembarcar por levar óleo de haxixe em cartuchos de cigarros eletrônicos.
“Enquanto estou sentada aqui, numa prisão da Rússia, sozinha com meus pensamentos e sem a proteção da minha esposa, família, amigos, o uniforme olímpico ou qualquer conquista, estou aterrorizada porque posso ficar aqui para sempre”, afirmou Griner, em trechos da carta divulgados por seus representantes.
Além do Phoenix Mercury, da WNBA, time que a selecionou no draft e pelo qual foi campeã em 2014, a pivô de 31 anos tem passagem pelo basquete russo, no UMMC Ekaterinburg. Ela levou a medalha de ouro no Rio 2016 e em Tóquio 2021, além do título mundial com a seleção dos EUA em 2014 e 2018.
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“No dia 4 de julho, nossa família normalmente homenageia os militares que lutaram por nossa liberdade, incluindo meu pai, que é um veterano da Guerra do Vietnã.”
“Dói pensar em como costumo comemorar este dia porque a liberdade significa algo completamente diferente para mim este ano”, completou.
Griner, que compete na Associação Nacional de Basquete Feminino dos EUA (WNBA), mas também joga regularmente na Rússia, foi formalmente informada na primeira audiência de que foi acusada de importar intencionalmente drogas para a Rússia. A audiência foi marcada para o dia 7 de julho.
“Sei que você está lidando com tanta coisa, mas por favor, não se esqueça de mim e dos outros detidos americanos. Por favor, faça todo o possível para nos levar para casa”, acrescentou Griner.