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Crianças de 4 e 6 anos vomitavam ao serem obrigadas a fazer sexo oral no padrasto no AM

Segundo a polícia, a denúncia partiu da escola onde o menino estuda, após a avó materna informar sobre os abusos
21/10/25 às 13:34h
Crianças de 4 e 6 anos vomitavam ao serem obrigadas a fazer sexo oral no padrasto no AM

Foto: Divulgação

ALERTA GATILHO: Esta matéria possui conteúdo sensível

Duas crianças, de 4 e 6 anos, vomitavam ao serem obrigadas a praticar sexo oral em um homem, de 38 anos, no município de Presidente Figueiredo, no interior do Amazonas.

O suspeito é padrasto e pai das vítimas. Ele foi preso, nesta segunda-feira (20/10), no Centro do município.

O delegado Paulo Mavignier, diretor do Departamento de Polícia do Interior (DPI), afirmou que, anteriormente, o interior vivia uma cultura permissiva em relação aos abusos sexuais, que eram frequentes e muitas vezes aceitos pela população, e esse cenário mudou no instante em que a sociedade passou a confiar mais nas ações de prevenção e repressão da Polícia Civil.

“Passamos a prender os abusadores sexuais a cada denúncia recebida, demonstrando que as denúncias realmente têm efeito e são fundamentais para garantir a integridade de crianças e adolescentes. Agora, quem denunciar pode ter certeza: o criminoso será preso e a violência, interrompida”, falou o delegado.


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De acordo com a delegada Beatriz Andrade, as investigações iniciaram a partir da denúncia feita pela gestão da escola onde o menino estuda, após a avó materna dele informar que o homem estava impedido de buscá-lo na unidade de ensino por estar abusando sexualmente da vítima e da sua irmã, filha biológica do autor.

“A avó e a tia materna das crianças estavam responsáveis por cuidá-las nos últimos meses, enquanto a mãe estava em tratamento de saúde em Manaus. A tia materna notou que as crianças viviam retraídas, em silêncio, e um dia resolveu verificar o que estava acontecendo. Foi então que ela flagrou o menino de 6 anos praticando toques inadequados na irmã, de 4 anos, que é filha biológica do homem”, contou a delegada.

Segundo a delegada, a mulher repreendeu a situação e a menina informou que o irmão só estava reproduzindo o que o autor costumava fazer com eles dois. Foi então que a avó e a tia souberam dos abusos sexuais praticados contra as vítimas.

“Assim que o caso chegou ao nosso conhecimento, já tomamos as primeiras medidas necessárias, incluindo a oitiva das vítimas que confirmaram os diversos episódios de violência sexual praticadas pelo suspeito. O menino relatou que o padrasto consumou coito anal com ele por diversas vezes, além de obrigar tanto ele quanto a sua filha biológica a praticar sexo oral nele”, falou a delegada.

Conforme a delegada, o menino ainda contou que ele e a irmã vomitavam muito durante a prática desses estupros, que aconteciam geralmente quando a mãe saía à noite para igreja e deixava as crianças em casa com o homem.

“A escuta especializada da criança de 6 anos conta com informações extremamente repugnantes, incluindo a que o homem passava gel lubrificante em sua parte íntima para praticar os abusos sexuais contra o enteado, e ainda o obrigava a tentar reproduzir os atos com a irmã no banheiro da residência”, explicou a delegada.

Devido à gravidade dos fatos, foi solicitado a prisão preventiva do autor, que foi deferido e cumprido em via pública, no Centro do município.

A delegada também ressaltou a importância de que pais e responsáveis estejam sempre atentos aos sinais e mudanças de comportamento apresentados por crianças e adolescentes. Ela citou como exemplo este caso em que uma tia flagrou o menino tentando reproduzir com a irmã os atos que o padrasto praticava com ambos.

“Então é muito importante que a família se atente aos sinais e desconfie das mudanças de comportamento, pois essa atenção é primordial para que situações de abuso sejam identificadas precocemente e a criança possa ser protegida antes que a violência se repita”, destacou a delegada.

Procedimentos

O homem responderá por estupro de vulnerável e ficará à disposição da Justiça.