O ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida, esteve hoje em audiência na Comissão de Minas e Energia na Câmara dos Deputados, e afirmou que o governo não pode interferir na política de preços da Petrobras. Há um dia, José Mauro Coelho deixou a presidência da Petrobras em meio a pressões do presidente Jair Bolsonaro e do presidente da Câmara Arthur Lira.
Sachsida disse:
“Não é possível interferir no preço dos combustíveis. Não está no controle do governo e, honestamente, preço é uma decisão da empresa, não do governo. Além disso, nós temos marcos legais que impedem a intervenção do governo na administração da empresa, mesmo o governo sendo acionista majoritário”.
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O ministro apontou a privatização como o caminho a seguir a respeito da Petrobras. Ele afirmou:
“A privatização tem efeitos maravilhosos sobre a competição, quando é bem desenhada. Um processo de privatização bem desenhado, que traga competição ao setor, que traga mais players, mais empresas, isso vai gerar um tremendo ganho de bem-estar aos consumidores e à sociedade brasileira. Acredito eu que esse é o caminho de longo prazo que deveria ser seguido”.
Sachsida também disse que foi o responsável pela saída de Coelho e que o motivo foi “aumentar a competição”:
“Tão logo eu assumi como ministro, eu achei por bem promover uma troca na empresa, porque acredito que é o momento de aumentar a competição”.