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Auditor fiscal do Amazonas alerta para período de transição da Reforma Tributária

Amazonas terá 50 anos para se adaptar à mudança de local da tributação, que deixará de ser feita no Estado de origem do produto
Auditor fiscal do Amazonas alerta para período de transição da Reforma Tributária

Nivaldo das Chagas Mendonça fala durante evento no Sindifisco-AM sobre os impactos da Reforma Tributária no Amazonas. (Divulgação)

O auditor fiscal da Secretaria Estadual de Fazenda (Sefaz), Nivaldo das Chagas Mendonça, alertou que o Amazonas terá 50 anos para se adaptar à nova regra da Reforma Tributária que mudou a tributação do consumo para o Estado de destino do produto e não mais o Estado de origem, regra que beneficiava o Amazonas em função da produção de bens e serviços estar concentrada no Polo Industrial de Manaus.

“Esse era um dos dois problemas que teríamos com a reforma, mas essa transição será lenta, ao longo de 50 anos, portanto um impacto de 2% anos. Teremos tempo para fazemos as adequações necessárias (para recompor as receitas)”, destacou Nivaldo, que foi o coordenador do Comitê de Assuntos Tributários Estratégicos criado pelo Governo do Estado para acompanhar a Reforma Tributária.

Nivaldo Mendonça também destacou que para amenizar ainda mais este problema de troca de local de tributação, a reforma criou um fundo exclusivo para o Amazonas, onde o Governo Federal terá de fazer aportes e distribuí-los quando o sistema de repartição do IBS não for suficiente para garantir a arrecadação do Estado.

Outro ponto destacado por Nivaldo Mendonça é de que o Estado vai perder autonomia na administração dos impostos, pois com a criação do Imposto Sobre Bens e Serviços (IBS), essa autonomia vai para o Comitê Gestor, que está sendo criado pela Lei Complementar 108, atualmente em discussão no Senado Federal.

“Atualmente o Estado administra o ICMS como quer, agora (com a reforma) não. Vai ter uma legislação nacional e este é o ônus da unificação dos impostos”, explicou.


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Unificação de impostos: IBS substituirá ICMS e ISS

O IBS é o imposto criado pela Reforma Tributária para substituir o Imposto Sobre Circulação de Mercadorias (ICMS), que é a principal fonte de recursos dos governos estaduais, e o Imposto Sobre Serviços (ISS), principal imposto municipal. O IBS será gerenciado, desde as regras até a distribuição dos recursos, pelo comitê gestor.

O IBS também tem um imposto gêmeo, a Contribuição Sobre Bens e Serviços (CBS), que substituirá os impostos Sobre Produtos Industrializados (IPI), exceto para produtos feitos em Manaus, PIS e Cofins, impostos recolhidos pelo Governo Federal

Para Nivaldo Mendonça, a reforma vai garantir a execução da sua principal premissa: simplificação para o contribuinte, que agora terá apenas de emitir sua nota fiscal. “Tudo o que se faz hoje para recolher ICMS e ISS vai desaparecer”, afirmou.

Sindifisco celebra Dia do Auditor Fiscal

A palestra de Nivaldo das Chagas Mendonça fechou a primeira mesa de debates sobre a Reforma Tributária, na manhã desta quinta-feira, em evento que celebrou o Dia do Auditor Fiscal, que foi antecipado do dia 21 para hoje, no Sindicato dos Auditores Fiscais de Tributos Estaduais do Estado do Amazonas (Sindifisco-AM).

Além de Nivaldo falaram na manhã desta quinta-feira o presidente do Sindifisco, Ricardo Castro, e o ex-vice-governador e ex-secretário de Fazenda Samuel Hanan.