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Plínio Valério acusa Marina Silva de ‘hipocrisia’ e diz que ministra não tolera ser contestada

Plínio Valério acusa Marina Silva de ‘hipocrisia’ e diz que ministra não tolera ser contestada

O senador afirmou que o discurso da ministra do Meio Ambiente defende um tipo de preservação que só existe no mundo desenvolvido

Ed Salles
Por Ed Salles | 15/08/25 às 19:05h

O senador Plínio Valério (PSDB-AM) voltou a criticar a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva (Rede), e afirmou que ela não aceita ser questionada por ninguém que pense diferente. A declaração foi feita na noite desta sexta-feira (15/8), durante entrevista ao programa Boa Noite, Amazônia, da Rede Onda Digital.

Para o senador, Marina não representa mais a figura que surgiu no debate ambiental brasileiro nos anos 1990 e hoje atua como “porta-voz de uma agenda global que não entende a realidade da Amazônia”.

“A Marina Silva não é mais aquela Marina que muita gente admirava. Hoje ela está comprometida com uma agenda global, elogiada por todo mundo de fora. Não tolera quem ouse contestar”, disse o parlamentar.

“Hipocrisia ambiental”

Plínio afirmou que o discurso de Marina defende um tipo de preservação que só existe no mundo desenvolvido e chamou de “hipocrisia” a postura da ministra, ao citar países como a Noruega que financia o Fundo Amazônia, mas explora petróleo e minérios em seus próprios territórios.

“Ela prega um ambientalismo de primeiro mundo, o que é hipocrisia. A Noruega dá dinheiro para o Fundo Amazônia, mas explora alumínio no Pará e petróleo no Mar Ártico”, criticou.


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O senador também classificou como preconceituosa a fala da ministra em que ela diz que não se pode “destruir uma floresta virgem para uma pessoa usar carro em estrada de terra”.

“Ela mente quando diz que a floresta é virgem. E ainda trata o morador da Amazônia como se só quisesse passear de carro. Isso é preconceito”, completou.

Embora o senador prefira não se aprofundar no tema BR-319 neste momento, ele reforçou que há um distanciamento crescente entre o governo Lula e a população amazônida.

Segundo ele, o maior desafio é romper com estereótipos impostos de fora e defender um modelo de desenvolvimento que respeite as populações tradicionais e o direito de ir e vir de quem mora na região.

“A narrativa ambiental hoje é mais forte que a nossa realidade. Por isso eles precisam de porta-vozes, gente que sustente essa agenda fora do Brasil, e a Marina virou isso”, disse.

Confira o vídeo: