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“Eu não sou porco”: Gilmar Nascimento reage à fala de Rodrigo Guedes por referir CMM a chiqueiro

Vereador critica colega por chamar a Casa de “chiqueiro” e defende regulamentação do Regimento Interno aprovada pela maioria
18/11/25 às 11:46h
“Eu não sou porco”: Gilmar Nascimento reage à fala de Rodrigo Guedes por referir CMM a chiqueiro

TV Câmara Manaus.

Durante a sessão desta terça-feira (18/11) na Câmara Municipal de Manaus (CMM), o vereador Zé Ricardo (PT) cedeu parte de seu tempo de pronunciamento aos vereadores Rodrigo Guedes (PP) e Amauri Gomes (UB). Porém, Guedes, que utilizou o termo “chiqueiro”, provocou reação imediata do vereador Gilmar Nascimento (Avante).

Enquanto relatava o que classificou como uma “manobra” dos vereadores da base para avançar, no sistema da Casa Legislativa, o projeto da Reforma da Previdência dos servidores municipais, Rodrigo Guedes afirmou que:

“A sujeira foi tão grande aqui (CMM). Às 8h45 a pauta foi colocada no sistema. […] Então desde daí começou a podridão o jogo sujo, o presidente da Câmara, que não tem nenhum pudor […]. Uma imoralidade sem precedentes, aqueles dias assim que a gente vê o quanto isso daqui, ao meu ver, desculpa dizer, é um chiqueiro”, disparou o parlamentar ao se dizer envergonhado com o resultado da votação da reforma da previdência e a sessões híbridas e remotas.

Confira o momento:

O vereador Gilmar Nascimento (Avante) reagiu duramente ao termo e se manifestou por quase sete minutos. Ele citou o artigo 105, inciso 7, do Regimento Interno, que proíbe vereadores de se referirem à Câmara ou a seus membros de maneira “descortês e injuriosa”.

“Chiqueiros são de porcos. Eu não sou porco e não vejo porcos aqui. […] Se eu achasse que esta Casa fosse um chiqueiro, eu não estaria mais aqui. Quando voto, voto com convicção”, declarou Gilmar, ao pedir que a expressão fosse retirada dos registros taquigráficos.


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Defesa da reforma e das sessões virtuais

Gilmar ainda chegou a defender o projeto de resolução que atualiza o Regimento Interno e autoriza sessões virtuais e híbridas em situações excepcionais, proposta criticada pela oposição, que classificou a mudança como um movimento de concentração de poder do presidente da Casa.

“São Paulo, Rio, Curitiba, Recife, Porto Alegre, Senado Federal, Câmara Federal… todos já adotam isso. É acompanhar a evolução da informática”, argumentou, dizendo que a medida apenas regulamenta o artigo 2º do Regimento.

Ele também reforçou que a reforma da Previdência aprovada pela CMM segue determinações legais e visa evitar penalidades federais.

“Se Manaus não fizesse a reforma, perderia convênios, empréstimos, CRP. Quem perde é Manaus toda. A nossa reforma é a mais suave”, afirmou.

Gilmar lamentou o que chamou de “juízo de valor equivocado” por parte de quem, segundo ele, tenta retratar a Câmara como um espaço de desordem ou corrupção.

O vereador concluiu afirmando que continuará defendendo sua convicção e pedindo respeito entre os parlamentares. “Opiniões são legítimas, ofensa, não. Não admito que alguém ataque meu voto. Votei com coragem e convicção”, pontuou.

Veja a fala completa de Gilmar Nascimento:

 

Por fim, Zé Ricardo citou que a fala de Rodrigo Guedes foi uma “força de expressão”.

“As palavras do vereador Rodrigo Guedes foi força de expressão, fruto da indignação do resultado de ontem e, ao mesmo tempo, vereador Gilmar, você que é membro da Comissão de Constituição e Justiça, que colocou vários pontos, que foram defendidos e colocados nesse projeto”, explicou.