Maioria dos brasileiros defende que Lula e Bolsonaro devem desistir de candidatura em 2026, diz pesquisa

(Foto: montagem)
A mais recente pesquisa Genial/Quaest, divulgada nesta quinta-feira (9/10), mostra um cenário de desinteresse da população brasileira em relação à participação de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL) nas eleições presidenciais de 2026. Os dados indicam que tanto o atual presidente quanto o ex-presidente enfrentam resistência entre os eleitores.
De acordo com o levantamento, 76% dos brasileiros acreditam que Jair Bolsonaro deveria abrir mão de uma nova candidatura e apoiar outro nome para disputar a Presidência da República. Apenas 18% defendem que ele permaneça como candidato, enquanto 6% não souberam ou preferiram não opinar.
Bolsonaro está inelegível até 2030 por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que o condenou por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação durante a campanha de 2022. Apesar das tentativas de reverter a decisão, ele não obteve sucesso. Além disso, o ex-presidente foi recentemente condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 27 anos e três meses de prisão, em processo relacionado à tentativa de golpe de Estado no país.
A rejeição à volta de Bolsonaro ao cenário eleitoral vem crescendo. Desde maio deste ano, quando o índice foi medido pela primeira vez, o número de brasileiros que defendem que ele abra mão da disputa aumentou em 11 pontos percentuais, enquanto a parcela que apoia sua candidatura caiu 8 pontos no mesmo período.

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O levantamento também avaliou a percepção pública sobre uma possível reeleição de Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo a Genial/Quaest, 56% dos entrevistados acreditam que Lula não deveria disputar novamente o cargo, enquanto 42% apoiam uma nova candidatura do petista. Outros 2% estão indecisos ou não responderam.
Na comparação com a pesquisa anterior, realizada em setembro, houve uma queda de três pontos percentuais entre os que rejeitam uma nova candidatura de Lula — de 59% para 56% — e um aumento de três pontos entre os que o apoiam, passando de 39% para 42%. O momento de maior rejeição ao presidente ocorreu em maio, quando 66% defendiam que ele não concorresse novamente, contra 32% favoráveis.

Nos últimos meses, Lula tem afirmado que sua decisão de disputar ou não em 2026 dependerá de sua saúde, embora aliados, como o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, já tenham sinalizado apoio a uma possível candidatura.
A pesquisa Genial/Quaest ouviu 2.004 pessoas com 16 anos ou mais, entre os dias 2 e 5 de outubro, de forma presencial. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos, com nível de confiança de 95%.
