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Implurb estuda destinar área entre rodovias para implantação do Distrito Industrial 3

Lotes para grandes empresas no Distrito Industrial 1 e 2 acabaram e, com Reforma Tributária, instalação do Distrito 3 virou necessidade urgente
Implurb estuda destinar área entre rodovias para implantação do Distrito Industrial 3

Foto: Suframa

O Instituto Municipal de Planejamento Urbano (Implurb) estuda destinar uma área localizada entre as rodovias BR-174 (Manaus-Boa Vista/RR) e AM-010 (Manaus-Itacoatiara) para a instalação de um futuro Distrito Industrial 3. A destinação será ainda definida no projeto de lei do Plano Diretor, que deverá ser atualizado neste ano pela Câmara Municipal de Manaus.

O presidente do Implurb, Carlos Valente, confirmou à Onda Digital que o Distrito Industrial 1 e o Distrito Industrial 2 não têm mais disponibilidade de terrenos para a instalação de empresas de grande porte e que há estudos no órgão para verificar quais áreas de Manaus poderiam abrigar um futuro “Distrito 3”.

“Estamos estudando o eixo das rodovias AM-010 e o eixo da BR-174, interligados pela ZF-1, como possíveis áreas para expansão industrial. Hoje pontuamos também uma nova área de possibilidades e deveremos em breve apresentar todo o trabalho para avaliação do prefeito David Almeida”, afirmou Vaente. “Quem sabe até a próxima reunião do Conselho de Administração da Suframa a gente já consiga ter uma normatização adequada para trazer novas indústrias para Manaus e ampliar a geração de emprego e renda”, reforçou.

Sem um dos principais atrativos definidos no modelo Zona Franca de Manaus, a doação de terrenos para a construção das fábricas, a expansão do Polo Industrial de Manaus (PIM) está atualmente limitada pelo Plano Diretor de Manaus, que destina às empresas apenas áreas nos Distrito Industrial 1 e 2, ambos já saturados e com todos os lotes industriais praticamente ocupados.

A área de expansão prevista no atual Plano Diretor acabou sendo ocupada por agricultores familiares, na região do Puraquequara, Zona Rural de Manaus, e hoje uma grande indústria que pretenda se instalar no PIM tem de alugar galpões de antigas empresas que fecharam as portas, como ocorre com as extintas Gradiente e Evadim e cujos proprietários hoje vivem do aluguel dos imóveis para outras indústrias.


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Negociações em busca de alternativas fundiárias

O Implurb, a Suframa e Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação (Sedecti) já se reuniram três vezes para debater alternativas de flexibilização do zoneamento urbano de Manaus e, assim, permitir a instalação de indústrias de grande porte em novas áreas.

De acordo com o superintendente Bosco Saraiva, essas reuniões buscam consolidar Manaus cada vez mais como uma cidade atrativa para negócios, oferecendo soluções de planejamento urbano para um desenvolvimento mais organizado e sustentável.

“É uma ação de grande importância para conseguirmos viabilizar maior oferta de áreas para empresas interessadas em se instalar na Zona Franca de Manaus, especialmente as indústrias do tipo 5, que englobam empresas de grande porte, com estrutura similar a fábricas como Samsung, Honda, LG e Yamaha, por exemplo”, explicou Saraiva.

Carlos Valente ainda acrescenta que a capital amazonense tem se tornado uma referência para novos investimentos em função da reforma tributária, com dezenas de empresas buscando áreas industriais na cidade.