“Nossa diplomacia sendo jogada no lixo”, diz Alberto Neto sobre vídeo de Lula a Trump

No último domingo (17/8), o deputado federal Capitão Alberto Neto (PL-AM) utilizou suas redes sociais para criticar duramente o vídeo publicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), no qual o petista aparece plantando um pé de uva da variedade Vitória, desenvolvida pela Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária). Durante o registro, Lula aproveitou para enviar uma mensagem direta ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em meio às tensões comerciais entre os dois países.

Alberto Neto escreveu na legenda da publicação: “Já viu o que o Lula fez hoje? Te garanto que não foi uma negociação com o Trump!”

Na gravação, o parlamentar do PL ainda criticou:

“Você acha que ele ligou para o Trump e iniciou um processo de negociação, usou a verdadeira diplomacia brasileira para resolver o problema do tarifaço? Não, ele acordou e foi fazer um videozinho de internet”.

Segundo o deputado, a postura do presidente coloca em risco a diplomacia brasileira.

“Ele foi plantar uma uva e desafiar o Trump. Gente, isso é muito grave. Nossa diplomacia está sendo jogada na lata do lixo”, afirmou.

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Neto ainda declarou que Lula estaria sendo usado como “joguete do Brics, da China e da Rússia”.

“Ou a gente barra o Lula ou o Lula vai barrar a gente”, completou.

Lula quer que Trump conheça o “Brasil verdadeiro”

No vídeo original, publicado no sábado (17/8), Lula destacou a qualidade da uva Vitória, criada pela Embrapa, e fez um convite a Trump:

“A uva brasileira, desenvolvida pela Embrapa, que é uma das maiores empresas de tecnologia agrícola do mundo. Por isso, Trump, eu queria aproveitar este sábado, em que estou plantando o pé de uva Vitória aqui no Palácio da Alvorada, um lugar que eu espero que um dia você possa visitar, para que a gente possa conversar e para que você conheça o Brasil verdadeiro”.

As declarações ocorrem em meio à crise diplomática causada pela tarifa de 50% sobre produtos brasileiros imposta pelos Estados Unidos, em vigor desde 6 de agosto. Trump justificou a medida como forma de proteger empresas americanas de políticas “incomuns” e “extraordinárias” atribuídas ao governo brasileiro, que, segundo ele, estariam prejudicando a economia dos EUA e a política externa do país.