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A reinvenção do rádio: como essa mídia segue tão relevante nos dias atuais

Do inicio da década de 2000 em diante, o rádio precisou se reinventar para não perder espaço para a internet
A reinvenção do rádio: como essa mídia segue tão relevante nos dias atuais

(Foto: reprodução)

Desde a primeira transmissão de rádio datada no mundo, em 1899, este meio de comunicação passou por diversas transformações. Com a chegada no Brasil em 1922, o rádio passou a fazer parte da vida da sociedade, tanto para a informação quanto para o entretenimento, com músicas, programas de entrevistas, humor, religião e transmissões esportivas. No entanto, do inicio da década de 2000 em diante, o rádio precisou se reinventar para não perder espaço para a internet, enquanto já travava essa batalha de audiência com a televisão.

A reinvenção do rádio na era da internet utilizou as ferramentas que a própria criou. Por meio de redes sociais como X (antigo Twitter), Facebook e Instagram, o ouvinte ganhou novos canais de comunicação com o radialista, enquanto o YouTube ajudou o rádio a estender seu alcance e público, ainda que, ver o que acontece no estúdio, tenha tirado um pouco da magia de escutar a voz e imaginar como seria a pessoa a falar.

O jornalista e radialista Johnnys Moura, com 27 anos de vivência no rádio, acompanhou as principais mudanças na forma de fazer rádio e de levar informação ao ouvinte. Em conversa com a reportagem da Rede Onda Digital, ele falou dessa evolução do rádio e quais foram as principais mudanças que presenciou.


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“A principais mudanças ocorreram com o advento da Internet que permitiram com que outras emissoras pudessem concorrer pela audiência com rádios locais. Houve também mudanças significativas no formato da programação e conteúdo das emissoras que priorizaram o formato talk e all news. Além da troca da locução tradicional do FM pelo retorno da conversa e narração utilizada no antigo AM. O entretenimento deu lugar ao jornalismo comunitário e informativo”, respondeu Johnnys.

Radialista Johnnys Moura operando mesa de transmissão.
Radialista Johnnys Moura operando mesa de transmissão. (Foto: acervo pessoal)

As rádios comunitárias também se expandiram com o passar dos anos, muitas vezes com serviços voltados para comunidades específicas e com assuntos particulares. Mesmo com essa expansão, parte da sociedade ainda acredita que o rádio está se tornando uma mídia esquecida, porém Johnnys discorda dessa visão. “Quem diz que o rádio é uma mídia esquecida desconhece a força desse gigante veículo”, declarou.

Segundo Moura, a Kantar IBOPE Media “Inside Audio 2025” indica que 79% da população brasileira ouve rádio mensalmente, enquanto uma pesquisa no Reino Unido com o alcance semanal do rádio também aponta um valor próximo a 87% de audiência. “Claro, que para a geração Z, a Internet é a sua principal fonte de entretenimento e informação. Contudo, o rádio continua com um grande alcance em todas as classes sociais”.

Por fim, Johnnys se mostra otimista com o futuro do rádio daqui a dez anos: “Imagino que o rádio vai sempre se reinventar. Tem sido assim ao longo de 100 anos. E as mudanças tecnológicas estão favorecendo todos os veículos, inclusive o velho, moderno e bom radio”, conclui.

(Foto: acervo pessoal)