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Justiça quebra sigilo telefônico de empresário que matou gari em Belo Horizonte

Justiça quebra sigilo telefônico de empresário que matou gari em Belo Horizonte

Tribunal de Justiça de Minas Gerais decretou que as companhias divulguem os registros em até cinco dias

Gaby Santos
Por Gaby Santos | 15/08/25 às 11:01h

O empresário Renê Júnior, de 47 anos, suspeito de matar o gari Laudemir Fernandes, na segunda-feira (11/8), em Belo Horizonte (MG), teve o sigilo telefônico quebrado pela Justiça de Minas Gerais, nesta sexta (15/8).

O Tribunal de Justiça de Minas Gerais decretou que as companhias divulguem os registros em até cinco dias.

Prisão preventiva

Na quarta-feira (13/8), o empresário passou por audiência de custódia e teve a prisão em flagrante convertida para preventiva.


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Relembre o crime

Segundo o boletim de ocorrência, a morte do gari ocorreu por uma briga. Laudemir e outros garis recolhiam resíduos quando o empresário passou de carro e pediu que o caminhão fosse retirado da via para que pudesse passar com o veículo elétrico dele.

Após uma discussão, René teria ameaçado “atirar na cara” da motorista do caminhão de lixo, segundo testemunhas relataram aos policiais. Laudemir e outros garis saíram em defesa da colega de trabalho, quando o motorista pegou a arma e efetuou o disparo que atingiu a vítima na região torácica. Laudemir ainda chegou a ser socorrido, mas não resistiu ao ferimento.

Ainda segundo testemunhas, o empresário teria fugido do local. A prisão ocorreu na tarde de segunda-feira, horas depois do crime, após a Polícia Civil identificar o empresário como o autor do crime. Os agentes chegaram a montar um cerco no perímetro da academia para evitar a fuga do suspeito.

Empresário confessa o crime

Em seu depoimento à polícia, o empresário confessou que estava com a arma da esposa, a delegada Ana Paula Balbino Nogueira, da Polícia Civil de Minas Gerais. Ele, porém, negou ter cometido o crime. A Corregedoria da Polícia Civil já informou que vai investigar se houve omissão de cautela da delegada no caso.

Durante a madrugada, René foi autuado por homicídio qualificado e deixou a delegacia algemado.

Sobre René

Nas redes sociais, René se descrevia como “cristão, esposo, pai e patriota”. A polícia não informou se o empresário possui autorização para porte e posse de arma de fogo.

A Prefeitura de Belo Horizonte informou que Laudemir trabalhava para uma empresa terceirizada e que está prestando apoio à família. A empresa, por sua vez, lamentou o ocorrido.

*Com informações de UOL e Metrópoles