
Justiça quebra sigilo telefônico de empresário que matou gari em Belo Horizonte
Tribunal de Justiça de Minas Gerais decretou que as companhias divulguem os registros em até cinco dias

O empresário Renê Júnior, de 47 anos, suspeito de matar o gari Laudemir Fernandes, na segunda-feira (11/8), em Belo Horizonte (MG), teve o sigilo telefônico quebrado pela Justiça de Minas Gerais, nesta sexta (15/8).
O Tribunal de Justiça de Minas Gerais decretou que as companhias divulguem os registros em até cinco dias.
Prisão preventiva
Na quarta-feira (13/8), o empresário passou por audiência de custódia e teve a prisão em flagrante convertida para preventiva.
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Relembre o crime
Segundo o boletim de ocorrência, a morte do gari ocorreu por uma briga. Laudemir e outros garis recolhiam resíduos quando o empresário passou de carro e pediu que o caminhão fosse retirado da via para que pudesse passar com o veículo elétrico dele.
Após uma discussão, René teria ameaçado “atirar na cara” da motorista do caminhão de lixo, segundo testemunhas relataram aos policiais. Laudemir e outros garis saíram em defesa da colega de trabalho, quando o motorista pegou a arma e efetuou o disparo que atingiu a vítima na região torácica. Laudemir ainda chegou a ser socorrido, mas não resistiu ao ferimento.
Ainda segundo testemunhas, o empresário teria fugido do local. A prisão ocorreu na tarde de segunda-feira, horas depois do crime, após a Polícia Civil identificar o empresário como o autor do crime. Os agentes chegaram a montar um cerco no perímetro da academia para evitar a fuga do suspeito.
Empresário confessa o crime
Em seu depoimento à polícia, o empresário confessou que estava com a arma da esposa, a delegada Ana Paula Balbino Nogueira, da Polícia Civil de Minas Gerais. Ele, porém, negou ter cometido o crime. A Corregedoria da Polícia Civil já informou que vai investigar se houve omissão de cautela da delegada no caso.
Durante a madrugada, René foi autuado por homicídio qualificado e deixou a delegacia algemado.
Sobre René
Nas redes sociais, René se descrevia como “cristão, esposo, pai e patriota”. A polícia não informou se o empresário possui autorização para porte e posse de arma de fogo.
A Prefeitura de Belo Horizonte informou que Laudemir trabalhava para uma empresa terceirizada e que está prestando apoio à família. A empresa, por sua vez, lamentou o ocorrido.
*Com informações de UOL e Metrópoles