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Mais de 700 pinguins são encontrados mortos no Litoral Paulista

Mais de 700 pinguins são encontrados mortos no Litoral Paulista

O fenômeno, classificado como “encalhe em massa”, tem chamado a atenção de especialistas pela quantidade de pinguins

O litoral paulista registrou um cenário preocupante. 739 pinguins-de-magalhães (Spheniscus magellanicus) foram encontrados mortos em Cananéia, Iguape e Ilha Comprida, segundo levantamento do Instituto de Pesquisas Cananéia (Ipec). O número corresponde apenas aos animais recolhidos entre sexta-feira (15/8) e esta quinta-feira (21/8).

O fenômeno, classificado como “encalhe em massa”, tem chamado a atenção de especialistas pela quantidade de pinguins em avançado estado de decomposição que chegaram à beira-mar. Na última terça (19/8), o Ipec havia divulgado que mais de 350 animais haviam encalhado em Ilha Comprida, mas o total quase dobrou nos dias seguintes.

As carcaças são recolhidas pelo Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS), responsável por registrar e analisar ocorrências de animais marinhos. Segundo o biólogo Alex Ribeiro, muitos dos pinguins parecem ser jovens, o que pode explicar parte das mortes. “Na primeira viagem, eles ainda não têm orientação adequada e acabam se perdendo. Podem se aproximar demais da costa, ficar à deriva e sem alimento”, explicou.


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Além da inexperiência, a influência humana também é apontada como possível fator. Óleo no mar ou ingestão de resíduos plásticos podem ter comprometido a saúde dos animais. Ainda assim, a causa definitiva só poderá ser confirmada por exames necroscópicos.

O aumento das ocorrências também coincide com o período migratório da espécie, que ocorre de junho a setembro. Nesse ciclo, os pinguins deixam as colônias na Patagônia argentina, atravessam o Uruguai e chegam até o Sul e Sudeste do Brasil em busca de alimento, seguindo a Corrente Tropical do Atlântico Sul.

“É uma viagem longa e desgastante. Muitos chegam exaustos, debilitados, não conseguem se alimentar o suficiente e acabam morrendo no caminho. Alguns são encontrados já sem vida nas praias, outros chegam enfraquecidos e precisam ser resgatados”, explicou Alex.

*Com informações do G1.