SP: Mulher alega legítima defesa após matar companheiro com 40 golpes de tesoura e esconder corpo

O delegado João Vitor Silvério afirmou que o corpo do homem encontrado enterrado no quintal da casa da namorada, em Bebedouro (SP), nesta sexta-feira (24/10), apresentava pelo menos 40 perfurações feitas com uma tesoura.

A autora do crime, Jussara Luzia Fernandes, de 62 anos, confessou o homicídio e disse que agiu para se defender do companheiro agressivo.

De acordo com a Polícia Civil, a vítima, identificada como Alex Sandro da Silva Rocha, de 21 anos, foi morta entre a noite de terça-feira (21/10) e a madrugada de quarta-feira (22/10), em uma residência no bairro Eldorado. Após o crime, o corpo foi enterrado no quintal.

“Pelo exame necroscópico da vítima, conseguimos identificar ao menos 40 golpes. Ainda que ela alegue legítima defesa, há um claro excesso”, destacou o delegado.

Jussara, professora de estética, foi presa em flagrante e deve responder por homicídio e ocultação de cadáver. Ela foi encaminhada à Cadeia de Bebedouro e passará por audiência de custódia neste sábado (25/10).

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A descoberta do crime

A Guarda Civil Municipal (GCM) chegou ao local após uma denúncia anônima. Ao vistoriarem o quintal, os agentes notaram a terra remexida e questionaram Jussara, que afirmou ter enterrado um cachorro. Confrontada, acabou confessando o assassinato.

Segundo o delegado, o casal estava junto há cinco meses e vivia na casa da mulher. Na noite do crime, após uma discussão, Alex teria tentado ameaçá-la com uma faca.

“Ela se apoderou de uma tesoura e desferiu vários golpes contra ele, atingindo principalmente o tórax e as costas”, explicou Silvério.

Filho teria ajudado a ocultar o corpo

Ainda conforme o delegado, o filho da suspeita chegou à residência logo após o crime e orientou a mãe a esperar alguns dias antes de procurar a polícia. Ele também teria ajudado a arrastar o corpo até o quintal e enrolá-lo em um tapete.

Jussara afirmou que decidiu enterrá-lo por “respeito”, alegando não querer deixar o corpo exposto. Para abrir a vala, pagou R$ 50 a um conhecido, dizendo que seria para sepultar um cachorro de grande porte. O homem, que negou saber do verdadeiro motivo, foi ouvido e liberado.

A Polícia Civil segue investigando o caso para apurar as circunstâncias da morte e a eventual participação de outras pessoas na ocultação do cadáver.

*Com informações do G1 Ribeirão e Franca.