PF apreende Ferrari, réplica de F1 e esculturas eróticas em operação contra “Careca do INSS” e outros alvos

Ferrari apreendida durante operação sobre fraude no INSS (Foto: Afonso Ferreira/TV Globo).
Nesta sexta (12/9), durante operação contra fraudes no Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS), a Polícia Federal apreendeu no Lago Sul, em Brasília, uma Ferrari, um carro de Fórmula 1, motos, relógios de luxo e dinheiro em espécie na casa do empresário Fernando Cavalcanti.
Ao todo, foram cumpridos 13 mandados de busca e apreensão em Brasília e São Paulo. Nessa mesma operação, a PF prendeu Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como o “Careca do INSS”, e o empresário Maurício Camisotti. Antunes foi preso em Brasília e levado para a Superintendência da PF. Já Camisotti, foi preso em São Paulo.

Os agentes também estiveram na casa e no escritório do advogado Nelson Willians, em São Paulo. Na casa dele, foram apreendidas obras de arte, incluindo esculturas eróticas. Parte das obras é assinada por artistas renomados, como Auguste Rodin, escultor francês; Bruno Zach, conhecido por suas peças de temática erótica; e Domenico Calabrone, pintor e escultor brasileiro. Outras esculturas não têm autoria confirmada.

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Segundo a investigação, o “Careca do INSS”, preso em Brasília, é apontado como o lobista que atuava como “facilitador” do esquema de desvios de aposentadorias e pensões. A PF acredita que ele transferiu R$ 9,3 milhões para pessoas relacionadas a servidores do INSS entre 2023 e 2024.
Já Maurício Camisotti, preso em São Paulo, é apontado como sócio oculto de uma entidade e beneficiário das fraudes na Previdência.
A defesa do advogado Nelson Wilians afirmou que ele tem colaborado integralmente com as autoridades, que sua relação com um dos investigados é estritamente profissional e legal e que os valores transferidos dizem respeito à compra de um terreno vizinho à sua residência.
Já a defesa do empresário Maurício Camisotti afirmou que não há qualquer motivo que justifique sua prisão no âmbito da operação que investiga fraudes no INSS, e classificaram a operação como ‘arbitrária’.
E a defesa de Antônio Carlos Camilo Antunes disse que vai buscar a liberdade do seu cliente.
*Com informações de G1 e Metrópoles.
