Rede Onda Digital
Ouça a Rádio 92,3Assista a TV 8.2
“Ficou sem cara”: traficante Diaba Loira é brutalmente executada por facção rival no RJ

“Ficou sem cara”: traficante Diaba Loira é brutalmente executada por facção rival no RJ

A morte da “Diaba Loira” é mais um episódio da guerra entre facções no Rio de Janeiro

Eweline Passos Rodrigues, de 28 anos, conhecida como “Diaba Loira”, foi morta de forma brutal na madrugada desta sexta-feira (15/8), durante um intenso confronto entre facções rivais nas comunidades do Fubá e Campinho, na zona norte do Rio. A criminosa foi fuzilada e seu corpo desovado em Cascadura, marcando o fim de uma trajetória marcada por fugas, ameaças e pela guerra sangrenta entre o Comando Vermelho (CV) e o Terceiro Comando Puro (TCP) — grupo ao qual ela se aliou após romper com o CV.

A execução anunciada

Menos de um mês antes, “Diaba Loira” havia sido jurada de morte por antigos aliados do CV, após um ataque no Bateau Mouche, que deixou três integrantes do TCP mortos. Na ocasião, criminosos divulgaram vídeos prometendo vingança: “A próxima é ela”.

Na madrugada desta sexta, a ameaça se concretizou. Testemunhas relataram que o tiroteio durou mais de 30 minutos. Eweline foi atingida por diversos disparos, principalmente no peito e na cabeça. Cenas gravadas e divulgadas por integrantes do CV mostram a vítima já sem vida, caída em meio a uma poça de sangue, com perfurações por todo o corpo.

Provocações antes da morte

Horas antes de ser assassinada, “Diaba Loira” publicou mensagens desafiadoras em redes sociais:

“No começo eu até pensava que tinha medo… Mas, na verdade, não. Se eu tivesse medo, teria fugido para bem longe, né?”

Ela também ironizou a “Equipe Caos”, braço armado do CV:

“Era pra eu ter medo. Mas é bem difícil, né, bebê? Vocês são despreparados.”

De sobrevivente a alvo

Natural de Tubarão (SC), Eweline ficou conhecida nacionalmente em 2022, quando sobreviveu a uma tentativa de feminicídio cometida pelo ex-companheiro, que a esfaqueou no pulmão. Após fugir para o Rio, ingressou no CV, mas posteriormente migrou para o TCP em meio a disputas internas.

Com três mandados de prisão em aberto, era acusada de tráfico de drogas e organização criminosa. Ficou conhecida nas redes sociais por postar vídeos armada e dizer frases como: “Não me entrego viva, só saio no caixão”.

img
(Foto: Reprodução)

A morte da “Diaba Loira” é mais um episódio da guerra entre o CV e o TCP, que se intensificou após a execução de “Kaioba”, líder do CV, e “TH da Maré”, chefe do TCP. Moradores do Fubá e Campinho relatam clima de tensão constante e tiroteios quase diários na região.