Um laudo divulgado pelo Instituto Médico Legal (IML) revela que Vitória Regina de Sousa não sofreu violência sexual e foi morta com três facadas. O corpo da vítima de 17 anos foi encontrado após uma semana de desaparecimento, em Cajamar, interior de São Paulo.
Detalhes do laudo
O IML afirmou que a vítima apresentava cortes por faca no tórax, no pescoço e no rosto. Ainda segundo os peritos da Superintendência da Polícia Técnico-Científica (SPTC), ela estava com álcool no sangue, mas que, nesse caso, pode caracterizar “um processo de fermentação característico da putrefação” do corpo.

O desaparecimento
Vitória desapareceu na noite de 26 de fevereiro após sair do trabalho em um shopping. Ela foi vista com vida pela última vez deixando o local e a caminho de uma parada para pegar um ônibus. O corpo da menina foi encontrado no dia 5 de março numa área de mata. Ela estava nua e com a cabeça raspada. A arma do crime não foi encontrada.
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Principal suspeito está preso
Maicol Sales dos Santos está preso desde o dia 8 de março. Ele é o principal e único suspeito do crime até o momento. Para a polícia, Maicol pode ter agido sozinho.

No celular dele, a polícia encontrou imagens de Vitória. Os registros do aparelho mostram que ele acompanhava a adolescente meses antes do crime. Segundo policiais, Maicol se comportava como um stalker (alguém que persegue e monitora a vítima obsessivamente).

No dia do desaparecimento
A perícia feita no celular de Maicol identificou que, no dia do crime, ele visualizou uma foto postada por Vitória no ponto de ônibus no início da madrugada de 27 de fevereiro — cerca de 20 minutos antes de Vitória desembarcar no bairro onde morava. Para os investigadores, esse pode ser um indício de que ele a raptou no trajeto próximo de casa.
“A motivação é um segundo momento. O primeiro momento é colheita das provas. Passando por isso, colocando as pessoas na cena do crime, mostrando que realmente são essas pessoas… Aí nós vamos em busca da motivação: o que ocasionou essa morte tão violenta?”, havia dito o delegado Luiz Carlos do Carmo, diretor da Polícia Civil da Grande São Paulo, no dia 9 de março, ao Fantástico.