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Butantan e Pfizer fecham acordo para produção nacional de vacina contra vírus que atinge bebês

Além da vacina, o governo também confirmou uma produção nacional do natalizumabe, medicamento usado contra a esclerose múltipla
Butantan e Pfizer fecham acordo para produção nacional de vacina contra vírus que atinge bebês

(Foto: reprodução)

O Brasil vai começar a produzir, em parceria com a Pfizer, a vacina contra o vírus sincicial respiratório (VSR), uma das principais causas de internações em recém-nascidos por bronquiolite e pneumonia. O acordo de transferência de tecnologia com o Instituto Butantan foi anunciado nesta quarta-feira (10/9) pelo Ministério da Saúde.

A expectativa da pasta é entregar 1,8 milhão de doses até dezembro. A aplicação deve começar já em novembro na rede pública, priorizando gestantes a partir da 28ª semana de gravidez, de forma a garantir que os bebês recebam proteção por meio dos anticorpos maternos nos primeiros meses de vida — período considerado o mais crítico para complicações.

Dados do governo mostram que o VSR é responsável por até 80% dos casos de bronquiolite em crianças menores de dois anos. Só no Brasil, aproximadamente 20 mil bebês com menos de um ano são internados anualmente por complicações relacionadas ao vírus. Entre prematuros, o risco de morte é sete vezes maior em comparação com crianças nascidas a termo.


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Segundo a médica Isabela Ballalai, da Sociedade Brasileira de Imunizações, a inclusão da vacina deve mudar o cenário: “Ela é segura para gestantes e pode evitar milhares de internações em UTIs neonatais todos os anos”.

Além da vacina, o governo também confirmou uma produção nacional do natalizumabe, medicamento usado contra a esclerose múltipla. O remédio, já disponível no SUS desde 2020, passará a ser fabricado pelo Butantan em parceria com a farmacêutica Sandoz, reduzindo a dependência de importações.

Para o Ministério da Saúde, a medida representa um passo importante na autonomia do SUS em relação a insumos estratégicos, uma vulnerabilidade que ficou evidente durante a pandemia de covid-19 e voltou a ser tema recente diante de barreiras comerciais impostas a exportações brasileiras.

*Com informações da Agência Brasil.