Setembro Dourado: Especialista alerta para importância do diagnóstico precoce do câncer infantil

(Foto: Reprodução)
Este mês é marcado pela campanha Setembro Dourado, que chama a atenção para o câncer infantil e reforça a importância do diagnóstico precoce na oncologia pediátrica. Embora seja considerado raro, o câncer em crianças e adolescentes pode ter consequências graves quando não identificado a tempo.
Em entrevista à Rede Onda Digital, a oncopediatra Paula Carvalho destaca que a mobilização é essencial para conscientizar tanto profissionais da saúde quanto a população em geral.
Segundo a médica, lembrar que o câncer infantil existe é fundamental para evitar atrasos no diagnóstico.
“Se não for pensado, o diagnóstico vai atrasar e isso impacta diretamente no prognóstico da criança”, explica.
Principais sinais e sintomas do câncer infantil
A especialista ressalta que os pais e responsáveis devem estar atentos a sinais de alerta que podem indicar problemas graves. Entre os principais sintomas estão:
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febre persistente sem causa aparente;
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manchas roxas em locais onde não houve trauma;
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sangramentos inexplicáveis;
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mancha branca no olho;
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aumento do volume abdominal;
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dor óssea constante;
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dor de cabeça acompanhada de vômitos, principalmente pela manhã;
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ínguas e gânglios aumentados sem infecção aparente;
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perda de peso significativa;
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cansaço e palidez excessivos.
Esses sintomas, quando negligenciados, podem atrasar o início do tratamento e reduzir as chances de cura.

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Por que o diagnóstico precoce é crucial?
De acordo com a oncologista, diagnosticar cedo aumenta a tolerância do paciente ao tratamento e possibilita que a doença esteja menos disseminada no corpo. Isso torna as terapias mais eficazes e aumenta as chances de cura.
Ao contrário de alguns tipos de câncer em adultos, não existe protocolo de rastreamento específico para crianças. O acompanhamento pediátrico regular é a forma mais eficaz de prevenção e detecção precoce.
Avanços nos tratamentos infantojuvenis
Os principais métodos utilizados continuam sendo quimioterapia, cirurgia e radioterapia. No entanto, Paula destaca que já existem terapias menos agressivas, como a imunoterapia e o ajuste de doses em protocolos mais modernos. O objetivo é garantir eficácia, reduzir sequelas e oferecer qualidade de vida.
“Tratamento nas crianças e adolescentes é mais agressivo que dos adultos porque o objetivo é que essa criança viva mais 60 anos em média e com qualidade. Então os tratamentos visam curar a doença deixando nenhuma ou o mínimo possível de sequelas nos pacientes para poder viver com qualidade”, disse Paula Carvalho.
