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Infarto, AVC e dependência: Anvisa emite alerta sobre uso indiscriminado da tadalafila

A Anvisa destacou ainda que a presença desses fármacos em gomas, suplementos ou produtos vendidos como estimulantes é considerada irregular
08/09/25 às 21:43h
Infarto, AVC e dependência: Anvisa emite alerta sobre uso indiscriminado da tadalafila

(Foto: reprodução)

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) emitiu um alerta à população sobre os riscos do uso indevido de medicamentos como sildenafila, tadalafila, vardenafila, udenafila e lodenafila, especialmente quando consumidos sem prescrição médica ou em produtos não autorizados.

De acordo com a agência, o uso recreativo ou estético dessas substâncias pode trazer sérias consequências à saúde. “O uso recreativo ou estético dessas substâncias pode causar efeitos graves, como infarto, acidente vascular cerebral (AVC), hipotensão (pressão baixa), perda de visão ou audição, além de dependência psicológica”, diz o órgão.

A Anvisa destacou ainda que a presença desses fármacos em gomas, suplementos ou produtos vendidos como estimulantes é considerada irregular.

“Tais formulações não têm aprovação para uso em atividades físicas, ganho de massa muscular ou aumento de desempenho sexual. Essas substâncias são aprovadas como medicamentos de venda sob prescrição médica e não podem constar da lista de composição de produtos enquadrados em outras categorias de produtos, como os suplementos alimentares”, reforçou.


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Casos de efeitos adversos devem ser comunicados no sistema VigiMed, e denúncias de comercialização irregular podem ser registradas pelo Notivisa.

Apenas em 2024, a tadalafila figurou como o terceiro medicamento mais vendido no Brasil, segundo dados da consultoria Close-Up International e da PróGenéricos. O princípio ativo atua inibindo a enzima PDE5, que degrada o GMPc, molécula responsável pelo relaxamento muscular e aumento do fluxo sanguíneo durante a excitação sexual.

Esse mecanismo é essencial no processo de ereção, e por isso o fármaco é indicado em casos de disfunção erétil, quando o homem não consegue iniciar ou manter uma ereção adequada para a relação sexual. O efeito do medicamento só ocorre com estímulo sexual e cessa ao final da atividade.

O alerta da Anvisa busca reforçar a importância do uso consciente e seguro desses medicamentos, sempre sob orientação médica, e desestimular a compra em canais não autorizados, prática que coloca em risco a saúde dos consumidores.

*Com informações do O Globo.