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Startup amazonense criadora do “barco voador” vence prêmios nacionais; conheça mais

Empresa inovadora existe desde 2021 e está em fase avançada de desenvolvimento
Startup amazonense criadora do “barco voador” vence prêmios nacionais; conheça mais

Foto: Reprodução/Redes Sociais

A AeroRiver, startup amazonense criadora do “barco voador”, conquistou mais um prêmio a nível nacional. A iniciativa inovadora, criada a partir de uma tecnologia que une princípios da aviação e da navegação, foi considerada a maior no ‘Prêmio FINEP de Inovação 2025’, um dos mais importantes do país.

“É um enorme reconhecimento, vindo da principal instituição de fomento à pesquisa e inovação no Brasil. Esse prêmio se soma ao interesse do mercado, com dezenas de veículos já encomendados por clientes na Amazônia, no litoral do Brasil e até no Caribe, como nas Bahamas. É a confirmação de que estamos no caminho certo, mas nosso foco é aproveitar todo esse reconhecimento para gerar impacto real na vida de milhares de pessoas da Amazônia e além”, descreve Tulio Duarte, cofundador do projeto.

Foto: Reprodução/Redes Sociais

Esse não é o primeiro reconhecimento da startup, criada com base em tecnologia e liderada por empresários locais.

“Esses reconhecimentos se somam a uma trajetória premiada que reforça nossa posição entre as startups mais inovadoras do país: Startup do Ano 2024 – Jaraqui Graúdo, 2º lugar no ITA Challenge 2021, presença na lista das 100 Startups to Watch 2024, além de distinções individuais como o MIT Innovator Under 35 para o cofundador Lucas Guimarães e o título de Empreendedor do Ano 2023 e 2024 – Jaraqui Graúdo para o cofundador Tulio Duarte”, diz ele.

Sobre a AeroRiver

Segundo Tulio, o objetivo da startup é resolver uma das maiores problemáticas da região Amazônica: a mobilidade.

“A AeroRiver nasceu da visão de transformar a mobilidade na Amazônia, onde os rios são as estradas que conectam milhares de comunidades. Vimos que os barcos tradicionais são lentos, enquanto a aviação é restrita, cara e inacessível. A partir disso, surgiu a ideia de criar o “barco voador”: uma tecnologia que une princípios da aviação e da navegação para oferecer transporte rápido, sustentável e acessível, desenhado para a realidade amazônica”, diz.

Os benefícios do novo transporte ao meio-ambiente também é tópico a ser ressaltado e inclui impactos na redução do desmatamento, emissão de carbono e até energia.

“O AeroRiver reduz drasticamente a necessidade de infraestrutura física, evitando o desmatamento causado pela abertura de estradas. Nossos veículos utilizam também etanol e versões híbridas, reduzindo emissões de carbono e consumo de combustíveis fósseis. Além disso, a própria tecnologia exige menos energia, consumindo entre 40% e 60% menos combustível do que aeronaves voando fora do efeito solo. Ao facilitar a conexão de comunidades, promovemos desenvolvimento econômico sustentável, fortalecendo quem vive e protege a floresta, gerando impacto positivo para a Amazônia”, detalha.

Mas como realmente funciona o “barco voador”?

Segundo o empresário, o veículo, também chamado ‘ecranoplanos’, apresenta algumas diferenças entre barcos e aviões.

“Eles navegam sem contato com a água, voando a poucos metros de altura, aproveitando o efeito aerodinâmico para reduzir arrasto e aumentar a eficiência. Isso nos permite alcançar velocidades de até 150 km/h com menor consumo de combustível. Estamos desenvolvendo desde drones de carga até veículos tripulados para 4 e 10 passageiros, com foco em aplicações que transformem a logística amazônica”, explica.

Foto: Reprodução/Redes Sociais

Ainda em fase de desenvolvimento, o projeto busca parceiras para tornar o ‘barco voador’ em realidade.

“Atualmente estamos em fase avançada de desenvolvimento. Já temos drones de carga em testes de voo e estamos construindo nosso primeiro veículo tripulado. A meta é iniciar operações comerciais em 2026, com aplicações no transporte de passageiros e carga, começando pela Amazônia e expandindo para o Caribe, onde há grande potencial de integração logística entre ilhas. Estamos abertos a parcerias que acelerem essa implantação e multipliquem os impactos positivos”, conta o cofundador.