Flotilha com ativistas e ajuda a Gaza é interceptada por Israel: Deputada do PT está a bordo

Ativistas são vistos em barcos da Global Sumud Flotilla antes de serem interceptados por Israel (Foto: Reprodução/ YouTube).
Na noite de quarta (1º/10), a flotilha humanitária com ajuda para Gaza foram interceptados por forças de Israel quando estavam próximos da costa do enclave palestino. Dois barcos da comitiva humanitária, o Alma e Sirius, foram interceptados por Israel. A informação foi confirmada pelo canal Al Jazeera.
Outras flotilhas de ajuda humanitária que tentaram ajudar Gaza durante a guerra foram paradas na mesma região onde os barcos estão neste momento. Em outras ocasiões, seus ocupantes foram detidos pelo Exército de Israel e levados para o país judaico, sendo deportados em seguida.
A Flotilha Global Sumud (palavra que significa “resiliência” em árabe) saiu de Barcelona no começo de setembro. Ela conta com 40 barcos com centenas de militantes pró-palestinos procedentes de mais de 40 países. Depois de partir da Espanha, a flotilha parou por 10 dias na Tunísia antes de retomar a viagem em 15 de setembro.
A ativista sueca Greta Thunberg, a eurodeputada franco-palestina Rima Hassan e a ex-prefeita de Barcelona Ada Colau fazem parte da missão. Greta também já esteve em uma flotilha anterior, que foi parada pelas forças israelenses antes de chegar a Gaza.
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Há 15 brasileiros nas embarcações que rumaram a Gaza, incluindo o ativista Thiago Ávila, que foi preso em outra flotilha. A deputada federal Luizianne Lins (PT-CE) também está a bordo. Ela é deputada federal desde 2015 e foi prefeita de Fortaleza entre 2005 e 2012.
O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou que solicitou apoio do Itamaraty. Ele disse também que conversou sobre o tema com o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira. Ele postou nas redes sociais:
“Solicitei apoio do Itamaraty para que a parlamentar e os demais cidadãos brasileiros capturados recebam a devida proteção consular”.
O Itamaraty afirmou que acompanha a situação com “preocupação”. Em nota, o Ministério das Relações Exteriores ressaltou o “caráter pacífico” da flotilha e recordou a existência do princípio da “liberdade de navegação em águas internacionais”. A pasta ainda afirmou que a ação militar de Israel “viola direitos” e põe integridade física dos manifestantes em risco.
A interceptação da flotilha e a detenção dos ativistas provocou uma série de reações pelo mundo. Ainda na quarta-feira, o presidente da Colômbia, Gustavo Petro, a delegação diplomática de Israel em Bogotá. O premier da Espanha, Pedro Sánchez, afirmou que o país irá garantir a proteção diplomática e os direitos de seus integrantes. O governo mexicano também pediu proteção aos ativistas.
*Com informações de UOL
